O caso que estourou nas redes com onze carros de luxo multados em calçada e junto a ponto de ônibus escalou para algo maior: a suspeita de “taxa” cobrada fora do sistema para liberar o evento. O Click Camboriú reuniu linha do tempo funcional, transcrição literal de mensagens e a nota oficial do apontado, Felipe Costa, que nega a cobrança e fala em consultoria técnica.
Linha do tempo e versão do organizador
- Duas semanas antes do evento, segundo Ricardo Portes, seu produtor Bruno Araújo tratou com Felipe Costa uma “taxa em dinheiro” para “liberação”, com Guarda Municipal às 9h e fechamento parcial de via.
- Dia do evento: guarda não apareceu no horário. Com o fluxo, carros foram para a área combinada e, em seguida, para as calçadas.
- Por volta das 11h: Guarda Municipal chega, ameaça detenção e fala em multas que poderiam chegar a R$ 20 mil por veículo; após conversa, R$ 190 por carro.

Situação funcional do acusado
Apuração jornalística: Felipe Costa foi exonerado em 31/12/2024. Antes, atuou como assessor do então vereador Nilson Probst (fev/2023–fev/2024), depois como coordenador de fiscalização de ISS (Fazenda) e coordenador administrativo (Turismo, a partir de jul/2024). Na data do evento, não era servidor.
A nota oficial do outro lado
Em nota à imprensa enviada à redação, Felipe Costa declara não ser servidor nem possuir qualquer vínculo de representação com órgãos públicos e classifica como falsas as insinuações de que teria agido “em nome” de repartições. Afirma que “o único acordo existente foi a prestação de uma consultoria técnica voltada à logística e organização operacional do evento”, sem participação de órgãos públicos, lembra que estacionar em calçada é proibido (art. 181, VIII, CTB) e informa que acionou o departamento jurídico para medidas com base nos arts. 138, 139 e 140 do Código Penal.


