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Corpo de homem que morreu em hotel é desenterrado por falsos oficiais de justiça

Uma das principais teorias é de que a dupla que realizou a exumação ilegal era cliente da Rota 33, empresa acusada de pirâmide financeira

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Na semana passada foi encontrado morto em um hotel na Rua 701, um dos principais sócios da Rota 33, empresa que prometia lucros aos seus clientes com investimentos em bitcoin. Nesta semana, no dia 10, foi iniciada uma investigação pela polícia de Palmares Paulista, SP, após o corpo ter sido desenterrado ilegalmente por duas pessoas que se identificaram como oficiais de justiça para o coveiro.

De acordo com informações do site Diário da Região, um homem e uma mulher, que se identificaram ao coveiro como oficiais de justiça, fizeram com que o funcionário exumasse ilegalmente o corpo que havia sido enterrado recentemente.

Segundo os relatos do coveiro, que foi ouvido pela polícia, o homem que se identificou como oficial de justiça afirmou que o caixão deveria ser aberto para garantir que o corpo era real e não apenas um boneco.

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Acreditando na veracidade da identidade dos dois, o funcionário público realizou o desenterro do corpo e até mesmo atendeu os pedidos dos suspeitos para que ele tocasse na bochecha do morto para garantir que não era um boneco.

O coveiro também afirmou que, durante o processo de exumação, a mulher estava agressiva, chutando vasos e proferindo diversos palavrões.

Durante uma entrevista ao G1, o delegado responsável pela investigação, Pedro Luís de Fenzi Carvalho, disse que está investigando a dupla envolvida no crime, mas que o coveiro não tem nenhuma ligação com a atividade ilegal.

“O coveiro não fez por mal. Ele é uma pessoa simples. Agora vamos escutar as pessoas envolvidas no caso e tentar encontrar o casal que foi ao cemitério.”, disse Carvalho.

Corpo pode ter sido desenterrado por vítimas de suposto golpe

A empresa Rota 33, que prometia lucros com bitcoin para seus clientes, estava sob suspeita de ser um esquema de pirâmide financeira. A empresa deixou um prejuízo milionário, alegando que após problemas com alguns dos sócios, parte do fundo em bitcoin foi roubado, impossibilitando o pagamento dos lucros e a devolução do valor aportado.

Ainda em entrevista ao G1, o delegado responsável pelo caso falou sobre a suspeita de que Thiago Troncoso fazia parte de um esquema de pirâmide que deixou várias vítimas. Carvalho foi citado pelo G1 dizendo:

“Existem documentos que dizem que o empresário pegava dinheiro das pessoas com a promessa de pagar a quantia somada a juros exorbitantes. Mas não fazia o pagamento e sumia. Ele estava sendo investigado pelo 1º Distrito Policial.”

Com isso, uma das principais teorias é de que a dupla que realizou a exumação ilegal eram clientes da Rota 33 que não acreditavam na morte do empresário e quiseram ter a confirmação de que o suicídio não era mais um golpe para fugir com o dinheiro.

As investigações ainda estão em andamento e caso a dupla seja encontrada, eles responderão por crime de Vilipêndio, com condenação de 1 a 3 anos, além de multa. Dependendo dos métodos utilizados para se passarem por oficial de justiça, também poderá ser configurado crime de falsidade ideológica.

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