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Instituto MAPA: pesquisas com diferenças exageradas marcam eleições em SC

Padrão recorrente revela que pesquisas MAPA subestimam competitividade e amplificam diferenças

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Ao longo dos anos, o Instituto MAPA tem se envolvido em diversas controvérsias eleitorais devido às discrepâncias entre os resultados de suas pesquisas e a apuração das urnas. Em Balneário Camboriú, o instituto tem ido em direção oposta a outra instituto, o DNA Pesquisas. Com um histórico de erros, em várias ocasiões, as pesquisas do MAPA ampliaram significativamente a diferença entre os candidatos, gerando questionamentos sobre a influência que esses levantamentos podem ter na construção do cenário eleitoral.

Casos emblemáticos, como os de Gaspar e São José em 2016 e Joinville em 2020, seguem um padrão em que as pesquisas exageraram a distância entre os concorrentes. A seguir, destacamos essas ocorrências e, posteriormente, outras que reforçam esse histórico.

Gaspar 2016: Diferença Superestimada

Em 2016, na eleição para prefeito de Gaspar, a pesquisa do Instituto MAPA indicava que Kleber Wan-Dall (PMDB) teria uma vantagem de 20,4 pontos percentuais sobre Lovídio Carlos Bertoldi (PT). No entanto, o resultado das urnas desmentiu a pesquisa, com a diferença real sendo bem menor, de apenas 14,23%. Esse caso chamou atenção pela amplitude da disparidade, sugerindo que a pesquisa pode ter dado uma impressão equivocada do favoritismo de Kleber Wan-Dall, influenciando a percepção do eleitorado.

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São José 2016: Distância Exagerada

No mesmo ano, o cenário em São José apresentou uma situação semelhante. A pesquisa MAPA indicava uma vantagem de 20,6% entre Adeliana Dal Pont (PSD) e José Natal (PMDB). Contudo, nas urnas, a diferença real foi de 11,96%, quase 9 pontos percentuais a menos do que o previsto. A pesquisa não apenas ampliou a diferença, mas também pode ter induzido uma percepção de invencibilidade que não refletia a verdadeira competitividade da eleição.

Joinville 2020: Superestimação no Segundo Turno

Em Joinville, no segundo turno das eleições de 2020, o Instituto MAPA indicava uma vantagem de 20 pontos percentuais de Adriano da Silva (Novo) sobre Darci de Matos (PSD). No entanto, o resultado das urnas demonstrou que a diferença entre os dois candidatos era de menos de 11 pontos percentuais. Esse padrão de superestimação se repete, indicando que, mais uma vez, a pesquisa do MAPA exagerou na vantagem de um candidato, distorcendo o cenário eleitoral e possivelmente influenciando o comportamento de voto.

Outras Ocorrências de Distorção

Além dos casos emblemáticos acima, outras eleições também apresentaram discrepâncias consideráveis entre os levantamentos do MAPA e a realidade das urnas.

Lages 2020

Em Lages, a pesquisa do MAPA apontava que Carmen Zanotto (Cidadania) liderava a corrida eleitoral com 32% dos votos totais, enquanto Antonio Ceron (PSD) aparecia com 28%. No entanto, nas urnas, Ceron foi o vencedor com 34,41%, enquanto Zanotto ficou em segundo com 34,34%.

Criciúma 2020

Em Criciúma, a diferença entre a pesquisa e o resultado das urnas foi ainda mais pronunciada. O MAPA indicava que Clésio Salvaro (PSDB) teria 48% dos votos totais, mas nas urnas o candidato obteve impressionantes 72,36%, uma diferença de 24 pontos percentuais. Já o candidato do PT, Chico Balthazar, aparecia com 10% na pesquisa, mas recebeu apenas 3,71% dos votos válidos.

Blumenau 2020

No segundo turno de Blumenau, a pesquisa do MAPA apontava que Mário Hildebrandt (Podemos) tinha uma vantagem de 36 pontos percentuais sobre Kleinubing (DEM). Nas urnas, essa diferença foi ainda maior, com Hildebrandt registrando 45% de vantagem. Embora a pesquisa tenha apontado o vencedor corretamente, ela subestimou a magnitude da vitória.

Eleições de 2018: Erros no Segundo Turno

Nas eleições para o governo de Santa Catarina em 2018, o MAPA não conseguiu prever os candidatos que iriam ao segundo turno. A pesquisa indicava que Mauro Mariani (MDB) e Décio Lima (PT) disputariam a vaga, mas quem chegou lá foram Gelson Merísio (PSD) e Carlos Moisés (PSL), sendo que Moisés foi subestimado com apenas 2,7% das intenções de voto, enquanto nas urnas registrou 29,72%.

No Senado, o erro foi semelhante. A pesquisa do MAPA apontava Raimundo Colombo (PSD) e Espiridião Amin (PP) como favoritos, mas quem foi eleito além de Amin foi Jorginho Mello (PR), que tinha apenas 5,2% na pesquisa e obteve 18,07% nas urnas.

Conclusão: O Padrão de Distorções

Os casos de Gaspar, São José e Joinville revelam um padrão recorrente nas pesquisas do Instituto MAPA, em que a diferença entre os candidatos é ampliada de forma significativa. Esses exemplos mostram como as pesquisas podem influenciar a narrativa eleitoral, criando uma percepção de vantagem que não corresponde à realidade. As discrepâncias, em especial aquelas que superam os 20 pontos percentuais, sugerem que as pesquisas podem ter um papel importante na definição das estratégias eleitorais e no comportamento do eleitorado, sobretudo no incentivo ao voto útil.

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