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Viva Bicho notifica prefeitura sobre interrupção de acolhimentos devido à superlotação e verba insuficiente

Abrigo está operando quase o dobro de sua capacidade prevista em contrato e não tem recursos para continuar recebendo animais

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A Associação Viva Bicho de Proteção aos Animais, de Balneário Camboriú, anunciou a paralisação parcial de suas atividades a partir de 31 de janeiro de 2025. Em ofícios enviados à prefeita Juliana Pavan Von Borstel e às secretarias de Meio Ambiente, Saúde e Segurança Pública, a ONG justificou a decisão pela superlotação do abrigo e pela insuficiência de recursos financeiros para manter o atendimento.

O convênio firmado com a prefeitura prevê o acolhimento de até 400 animais. No entanto, os números mais recentes revelam que a entidade abriga atualmente 766 animais, quase o dobro do limite estabelecido. Para lidar com a falta de espaço, medidas emergenciais precisaram ser adotadas, como o uso de banheiros para acomodação de cães e gatos.

A entrada constante de animais reforça a gravidade da situação. Somente em 2024, 1.203 novos animais foram acolhidos, evidenciando o alto fluxo de resgates. Em janeiro de 2025, 103 novos casos já foram registrados, o que indica que a sobrecarga da ONG persiste.

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Comparando os dados, em janeiro de 2024, a Viva Bicho registrava 692 animais sob seus cuidados, número que subiu para 766 em janeiro de 2025, refletindo a manutenção do alto volume de acolhimentos sem o suporte financeiro adequado.

Situação Crítica da ONG Viva Bicho

A ONG Viva Bicho, de Balneário Camboriú, enfrenta uma das piores crises de sua história. A verba repassada pelo município não cobre os custos reais da operação, segundo a ONG. Apesar do crescimento no número de acolhimentos, o repasse não acompanhou essa demanda, deixando a instituição financeiramente fragilizada.

Para continuar funcionando, a organização tem recorrido constantemente a pedidos de doações, tentando arrecadar fundos para cobrir necessidades básicas. Nos últimos meses, a situação se tornou tão crítica que a ONG precisou solicitar ajuda até mesmo para a compra de salsichas, utilizadas para facilitar a medicação dos animais.

Além disso, diversas campanhas foram lançadas para incentivar adoções definitivas e lares temporários, com o objetivo de aliviar a sobrecarga do abrigo. Apesar dos esforços, a entidade reforça que precisa de apoio contínuo e mantém um canal aberto para doações via Pix 06.156.776/0001-81.

Além dos desafios financeiros, a precariedade da estrutura do abrigo agrava ainda mais a crise. Com quase 20 anos de existência, as instalações vêm sofrendo um desgaste progressivo, e a situação se tornou insustentável após as fortes chuvas de janeiro. A falta de drenagem adequada no terreno resultou em alagamentos, deixando baias inundadas e colocando os animais em risco.

Para minimizar os impactos, voluntários precisaram improvisar com paletes para evitar que os cães e gatos ficassem expostos à água. No entanto, essa é apenas uma solução temporária, e a ONG reforça a necessidade urgente de uma reforma estrutural para garantir condições adequadas para os animais acolhidos.

Com a superlotação, a Viva Bicho decidiu interromper o acolhimento de novos animais adultos. Segundo a entidade, os resgates emergenciais continuarão a ser realizados, mas os animais serão tratados e devolvidos ao local de origem. A ONG também suspendeu o recebimento de animais sob tutela judicial. Apesar de frequentemente serem requisitados a cuidar de animais resgatados em casos de maus-tratos, a entidade afirma que não existe um convênio específico que custeie essas operações. Muitas vezes, mesmo após anos de processos judiciais, a justiça decide pela devolução do animal ao tutor original, sem ressarcir os gastos da ONG.

A Viva Bicho reforça que, para retomar integralmente suas atividades, é essencial um novo acordo com a prefeitura, que contemple tanto o aumento do repasse financeiro quanto uma revisão da capacidade de atendimento. Enquanto isso, a ONG seguirá priorizando os cuidados dos animais já abrigados, com foco nos casos mais urgentes.

Prefeitura ainda não se manifestou

Até o momento, a prefeitura não apresentou uma resposta oficial sobre a situação. A ausência de um posicionamento gera apreensão, especialmente diante da importância da Viva Bicho para a proteção animal na cidade.

A constância no elevado número de entradas, somada à falta de suporte financeiro e estrutural, evidencia a urgência de ações conjuntas para evitar o colapso total das atividades da ONG. Enquanto isso, a Viva Bicho segue trabalhando para garantir o cuidado dos animais já abrigados, reforçando seu compromisso com a causa animal.

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