Um pinguim apareceu na Praia Central de Balneário Camboriú nesta quarta-feira (15). O animal estava aparentemente cansado e debilitado.
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Durante a manhã um morador estava caminhando no molhe da Barra Sul quando avistou um pinguim muito cansado tento chegar até na costa. O homem foi em direção a praia e encontrou o animal debilitado na areia, na altura da rua 4800.
Outros três moradores chegaram no local e ajudaram a cuidar do pinguim. A designer gráfica, Juliane Dal’Maso Bogo, participou do resgate e diz que o animal estava bastante fragilizado. “Ele estava bem cansado e não reagia muito”, relatou.
A Guarda Ambiental foi acionada, porém estava atendendo outra ocorrência e o caso foi repassado para a Univali e o Projeto de Monitoramento de Praias. O PMP foi até o local e resgatou o animal, que será levado para Florianópolis onde será cuidado junto com outros pinguins da sua espécie.
O que fazer quando avistar um pinguim debilitado na faixa de areia:
- Coloque o animal em uma caixa de papelão
- Disponibilize um pano seco para o animal se esquentar
- Não molhe o animal
- Não ofereça alimento
- Jamais coloque gelo no pinguim
Essa orientação é válida para pinguins que estejam na faixa de areia sem se mover. Após socorrer o pinguim acione imediatamente o PMP-BS pelo telefone 0800 642 3341. A ligação é gratuita e funciona das 8h às 17h30. Informe a praia, o município e um ponto de referência. Em Balneário Camboriú ligue 153 e acione a Guarda Ambiental.
Por que pinguins aparecem nas praias durante o inverno?
Nesta época do ano, os pinguins partem de colônias reprodutivas na Argentina, Ilhas Malvinas e Chile rumo ao litoral brasileiro em busca de alimento e de águas mais quentes. Os grupos são formados principalmente por indivíduos juvenis, que se aventuram na primeira migração.
O movimento migratório da espécie é influenciado pela corrente das Malvinas (Falklands). Essa corrente possui uma força de água fria que atinge a plataforma continental brasileira. As migrações são anuais e sazonais, ocorrendo entre maio e setembro.
Os grupos migratórios de pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) são formados, em grande parte, por indivíduos juvenis e inexperientes.
Essa primeira viagem faz parte do processo de seleção natural: os pinguins mais fracos e incapacitados, infelizmente, morrem na primeira experiência.
Ao se perder do grupo e da corrente marítima, o indivíduo mais fraco se aproxima da costa e encalha na faixa de areia, tornando-se suscetível à interação com petrechos humanos.
Grande parte dos pinguins vivos resgatados pela Univali, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), chegam magros, caquéticos, desidratados e hipotérmicos.