Após cerca de cinco meses sem receber o abraço da família, por conta da pandemia da Covid-19, os idosos do Lar Municipal São Vicente de Paula poderão, mais uma vez, estar com seus entes queridos, graças a uma “cortina de abraços”, instalada na instituição. A proteção, feita de plástico, permite a retomada das visitas presenciais, com os devidos cuidados.
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Para realização da visita, os familiares usam máscaras e roupas de proteção, higienizam as mãos com álcool em gel, e, por meio da cortina, podem conversar e dar um abraço por alguns minutos. As visitas são feitas com agendamento prévio e tem duração de 20 minutos. O plástico da cortina é cuidadosamente desinfetado após cada visita.
“Estou muito feliz, sentimos muito a falta dele!”, disse Solange Ribeiro Dallagnol, que veio visitar o pai, Pedro Ribeiro, de 76 anos, residente do Lar. “Desde março não podíamos visitá-lo, e apesar de saber que meu pai estava sendo bem cuidado, com esse sistema, conseguimos aliviar a saudade”.
Para Liliane Borati, Diretora Organizacional do Lar São Vicente de Paula, essa medida é importante por promover a aproximação entre internos e familiares. “Em geral, as pessoas mais velhas são muito afetuosas, elas sentem falta do calor humano e das trocas de carinho, principalmente quando ficam muito tempo distante de pessoas de fora da instituição, principalmente de seus familiares. É uma ótima oportunidade de reencontrar a família”.
Medidas de segurança foram reforçadas durante a pandemia
Desde o início da pandemia de coronavírus, o Lar São Vicente de Paula tomou diversas providências visando proteger seus moradores. Ainda no dia 13 de março, foram restringidas visitas e eventos em seu interior e reforçadas medidas de higiene, e segurança. Todos os funcionários, ao chegarem na Instituição, passam por verificação de suas temperaturas corporais, e recebem os equipamentos de proteção necessários.
A instituição também passou por desinfecção em todas as dependências internas e externas, e fez testagem constantes nos internos e colaboradores.
Para tentar minimizar a carga emocional das normas adotadas para evitar o contágio contra a doença, boa parte dos idosos conversam com familiares por telefone ou aplicativos de celular.