O artista Juan Ramon Osorio Portillo, mais conhecido como Charles Chaplin de Balneário Camboriú foi coagido pelo dono de um restaurante da Avenida Atlântica. O caso aconteceu na noite do último sábado (03), e foi divulgado em forma de desabafo, através de um vídeo nas redes sociais do artista e compartilhado pelo Camboriú News. O nome do estabelecimento não foi divulgado pelo artista.
Chorando, o Charles Chaplin de BC relata que o dono de um botequim falou para ele não passar mais de duas vezes na frente de seu estabelecimento para não incomodar os clientes. O proprietário ainda disse que não gosta que seu bar fique cheio das flores que o artista vende: “Muitos balões e flores nas mesas eu não gosto. Flor aqui, flor lá… Aqui é boteco, não quero isso aqui”.
Juan Charles Chaplin é natural do Paraguai, mas adotou a nacionalidade brasileira e vive há 22 anos em Balneário Camboriú. Ele conta que tem alvará de artista de rua, mas sua principal fonte de renda é a venda de flores em grandes eventos nacionais.
Antes da pandemia do coronavírus, o palhaço exercia um trabalho voluntário na cidade. Durante a temporada, Chaplin percorria Balneário Camboriú levando diversão para moradores e turistas. Ele distribuía flores e balões sem cobrar nada e sempre tirava fotos com os turistas. “Eu ia mais pela diversão, para curtir com a galera”, conta o artista.
Devido a pandemia da covid-19 e o cancelamento de eventos por todo Brasil, Juan ficou sem fonte de renda. Para conseguir sustentar sua família, teve que ir às ruas para vender as flores, que ele mesmo fabrica de forma artesanal. O homem diz que entrega balões gratuitamente e que pelas flores ele pede uma colaboração voluntária, porém muitas vezes a população pega e não ajuda com nenhum valor.
No auge da pandemia o artista chegou a ficar sem condições de comprar comida e precisou trocar flores por alimento. Ele parava nos semáforos da cidade com uma placa que dizia “Colabore com minha arte. Troco uma flor por um alimento”.
Atualmente ele percorre a Avenida Atlântica e quando alguém o chama, ele vai até a pessoa para atendê-la.
Juan conta que tem donos de restaurantes que tratam ele bem, oferecem comida, água, o convidam para entrar e até falam para os clientes comprarem suas flores. Mas que o dono do restaurante em questão sempre é rude com ele.
Mesmo abalado com o ocorrido, neste domingo (04) Juan percorreu a Avenida Atlântica de baixo de chuva vendendo rosas. Comovido com a história, o dono de um outro restaurante chamou o artista para apoiá-lo, dizendo que ele sempre será bem-vindo em seu estabelecimento.
Deveria dizer o nome do estabelecimento, pois frequento muitos bares na Atlântica e jamais me incomodou, pelo contrário é divertido e alegra o ambiente! Parabéns ao proprietário do Teladinho pela atitude de ajudar o Chaplin. Faz anos q frequento BC e sempre vejo ele trabalhando através de sua arte divertida…