Doze animais silvestres resgatados pelo programa ABRAÇO Animal foram soltos no Parque Natural Municipal Raimundo Gonçalez Malta, em Balneário Camboriú, na tarde desta segunda-feira (8).
Entre eles, estava um lagarto teiú encontrado em uma lata de piche, endurecido com a massa asfáltica, em 11 de fevereiro, na Secretaria de Obras. O réptil foi resgatado pela Guarda Municipal e levado ao Complexo Ambiental Cyro Gevaerd (Zoológico). É para esse local que os animais silvestres em vulnerabilidade são encaminhados para avaliação, atendimento veterinário e biológico e ficam em observação até a total recuperação para retornar ao ambiente de origem. O lagarto passou por todo esse processo, assim como um gavião, um gambá, dois sabiás e sete rolinhas devolvidas à natureza também nesta segunda-feira.
“O lagarto estava todo coberto de piche, não conseguia se mover. Fizemos a remoção do piche no zoológico. Foram longos dias de tratamento, com medicação e alimento. Até que ele começou a comer sozinho e ter condições de voltar para a natureza”, explicou a médica veterinária do zoológico, Samara de Oliveira Freitas.
Os guardas municipais que fizeram a captura do réptil participaram da soltura. “Estava imóvel quando o encontramos, só respirava. É gratificante ver a recuperação dos animais”, disse André Kunst.
Lançado em 23 de fevereiro de 2019, o Programa ABRAÇO Animal virou lei em 3 de setembro de 2020 e está vinculado às secretarias de Meio Ambiente, de Saúde e de Segurança. O resgate de animais silvestres e domésticos por meio do programa ABRAÇO Animal segue um protocolo definido junto ao Conselho Municipal de Proteção Animal (COMPA). Para acionar o programa, basta ligar para o fone 153, número da Guarda Municipal.
“Qualquer pessoa que avistar um animal em vulnerabilidade pode ligar para o 153 e informar onde ele está. Precisamos sempre da colaboração da comunidade”, ressaltou a secretária do Meio Ambiente, Maria Heloisa Furtado Lenzi.
Desde 2019, foram resgatados 1.084 animais silvestres por meio do programa. Destes, 549 voltaram à natureza após recuperação, de acordo com a bióloga do Complexo Ambiental Cyro Gevaerd (Zoológico), Márcia Regina Gonçalves Achutti. O restante dos resgatados morreu (147) ou permanece no zoológico porque apresentou sequelas (388). Em 2021, o zoológico já recebeu por meio do programa 127 animais e possibilitou a soltura de 58. Ainda estão em recuperação 59. Dez morreram.