Começa nesta quarta-feira, às 9 horas, o julgamento pelo Tribunal do Júri de Balneário Camboriú dos cinco acusados – um advogado, sua namorada e outros três envolvidos – pela morte do empresário Luiz Cavazzotto. O assassinato ocorreu em janeiro de 2020, na frente da casa da vítima, e teria sido motivado porque o empresário cobrava de um dos réus, o advogado, uma dívida referente à venda de um carro no valor de R$ 100 mil.
Para o Ministério Público de Santa Catarina, o homicídio foi duplamente qualificado – praticado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa pela vítima.
Relembre o caso
O assassinato teria sido planejado pelo advogado e sua namorada. Ele estaria incomodado com a cobrança de uma dívida de R$ 100 mil que a vítima insistia em receber.
Por meio de um amigo, preso depois no Rio Grande do Sul, o casal teria contratado um homem para executar o crime. Um dia antes, o acusado de ser o autor dos disparos e o advogado teriam roubado um veículo em Itajaí. Uma quinta pessoa, também contatada por meio do homem preso no Rio Grande do Sul teria trocado a placa do carro por uma clonada.
No dia do crime, o denunciado apontado como o autor dos disparos teria estacionado próximo à casa do empresário e o advogado teria ficado próximo do local. Quando a vítima foi se despedir do amigo na frente da sua casa, o criminoso a teria alvejado com seis tiros, causando a morte de Cavazzotto no local.
O advogado e o executor do assassinato foram denunciados por homicídio, roubo de veículo e adulteração de sinal identificador de veículo. A namorada do advogado, por homicídio. Já o homem preso no Rio Grande do Sul vai ser julgado por homicídio e adulteração de sinal identificador de veículo, mesmo crime pelo qual responde o suspeito de ter alterado a placa.
Atuarão pelo Ministério Público de Santa Catarina os Promotores de Justiça Luis Eduardo Couto de Oliveira Souto, da 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú, Marcio Cota e Alexandre Carrinho Muniz, como integrantes do GEJURI.