O anunciado ciclone que se intensifica próximo da costa do Uruguai, avançando para a costa Sul do Brasil. Por meio de nota oficial, em colaboração com centros de Meteorologia nacionais (INMET, CIMAER/FAB, CPTEC/INPE) e internacionais (SMN da Argentina e NOAA dos EUA), a Marinha do Brasil classifica o sistema, batizado por “Yakecan” (“o som do céu” em tupi-guarani), como Tempestade Subtropical.
Apesar de seu maior impacto ocorrer no Rio Grande do Sul, Santa Catarina também está na rota de localidades afetadas pelo ciclone, principalmente em relação a ventos, agitação no mar e aumento da maré em áreas costeiras. Na manhã desta terça-feira (17/05), ventos de 50 a 70 km/h foram registrados nas estações meteorológicas monitoradas na Epagri/Ciram, no sul e litoral catarinense.
O ciclone avança para SC nas próximas horas? O vento fica mais forte?
Sim. O ciclone avança pelo litoral Sul do Brasil e o vento de sudoeste a sul se intensifica no decorrer da terça-feira (17/05), em todas as regiões de SC, em especial do Meio-Oeste ao Litoral. Mas é principalmente na quarta-feira, 18, que as rajadas ficam mais fortes e persistentes, superando os 80 km/h e atingindo os 100 km/h, em especial no Planalto Sul e Litoral Sul.
A intensidade do vento começa a diminuir a partir da tarde de quinta-feira (19/05). E atenção: o vento associado à temperatura baixa deixa a sensação de frio ainda maior. A previsão da trajetória do ciclone pode ser observada na Figura 2, indicando a região de ventos mais fortes no RS, na terça-feira, 17, e em SC na quarta, 18. No mar, os ventos fortes vão provocar forte agitação marítima, ressaca e inundação costeira nesses dias.
Laura Rodrigues e Clóvis Corrêa – Meteorologistas (Epagri/Ciram)