Na madrugada desta sexta-feira, 21, um incidente na Avenida Atlântica, esquina com a Rua 1200, em Balneário Camboriú, deixou um homem ferido por um disparo de arma. As equipes de emergência foram acionadas e encontraram o indivíduo consciente, com um ferimento na cabeça, sendo prontamente encaminhado ao Hospital Municipal Ruth Cardoso.
A versão apresentada pela esposa do homem, que não estava presente no momento do ocorrido, levanta sérias acusações contra uma oficial da Guarda Municipal. Segundo ela, seu marido foi vítima de violência e uso excessivo de força por parte da guarda, que teria feito uma abordagem violenta enquanto o homem estava na praia. A esposa alega que, minutos após a primeira abordagem, a guarda voltou em um carro e disparou contra o homem, que conseguiu escapar apesar do ferimento.
A situação se torna mais complexa quando a esposa afirma que o projétil não era de elastômero (conhecido como bala de borracha), mas sim uma bala letal. Ela acusa a oficial de “incompetência” e alega que seu marido quase perdeu a vida devido às ações da Guarda Municipal. Atualmente, ele está internado com estado de saúde estável.
A esposa também denuncia que a mesma guarda não prestou socorro e fugiu do local após o incidente. Ela já registrou um boletim de ocorrência contra a oficial, relatando que também foi agredida anteriormente por ela.
Diante dessas acusações, o casal busca justiça e responsabilização da oficial da Guarda Municipal por suas ações.
Por outro lado, Antônio Gabriel Castanheira, secretário de segurança pública, apresenta uma versão completamente diferente dos acontecimentos, o que gera contrastes com a narrativa da esposa da vítima. Segundo Castanheira, ocorreu uma confusão generalizada na Avenida Atlântica, exigindo a intervenção da Guarda Municipal.
O secretário explica que a guarda disparou um tiro de granilha, diferente de uma bala de borracha, para dispersar a multidão envolvida no tumulto. Todos os envolvidos na confusão fugiram do local, e ninguém foi detido.
Posteriormente, o homem, que possui um histórico de 42 passagens pela polícia, foi atendido com um ferimento na cabeça. O secretário afirma que o ferimento é consistente com um tiro de granilha e não com uma bala letal, como afirmado pela esposa da vítima.