A Polícia Federal, na manhã de terça-feira (5/9), lançou a Operação Lanterna Verde com o objetivo de desmantelar uma sofisticada organização criminosa sediada em Balneário Camboriú, que enganava investidores com promessas de grandes lucros na extração de esmeraldas.
A fraude consistia em uma falsa empresa que atraía investidores internacionais com a promessa de altos retornos. Porém, em vez de entregar o prometido, a empresa coletava fundos em Bitcoin e nunca creditava os ganhos aos investidores. Estima-se que o golpe tenha causado um prejuízo na ordem de 100 milhões de dólares.
As ações da Polícia Federal foram realizadas em seis municípios: Balneário Camboriú, Itajaí, Itapema e Ilhota em Santa Catarina, Farroupilha no Rio Grande do Sul e Paraíso do Tocantins em Tocantins. Três prisões preventivas foram efetuadas, e onze mandados de busca e apreensão foram executados.
O modus operandi da organização criminosa era elaborado. Eles produziam vídeos promocionais que mostravam a suposta atuação da empresa e até criaram bancos digitais fictícios. Para adicionar um verniz de credibilidade ao golpe, a organização chegava a convidar celebridades para eventos de alto nível no Brasil, onde eram apresentados a áreas fictícias de mineração e lapidação de gemas.
As investigações da PF apontaram que cerca de 2.500 pessoas em 18 países, majoritariamente nas Américas do Sul e Central – incluindo Brasil -, foram vítimas diretas da fraude. No entanto, o número total de lesados pode chegar a 25 mil.
Cinco outras pessoas foram indiciadas em conexão com o esquema, por acusações que incluem associação criminosa, lavagem de dinheiro, estelionato e crimes financeiros. Se condenados, eles podem enfrentar penas de até 30 anos de prisão, a máxima prevista no país.
A Polícia Federal estabeleceu um canal de denúncias por e-mail para aqueles que acreditam ter sido vítimas do golpe ou possuem informações adicionais: denunciapiramides.iji@pf.gov.br.