A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) foi palco de um debate acirrado sobre as recentes ações da Polícia Militar do estado (PMSC) em Itajaí, envolvendo o deslocamento forçado de moradores de rua. Três parlamentares do Partido Liberal (PL), incluindo o deputado Jessé Lopes, se manifestaram vigorosamente a favor das medidas.
Posicionamento de Jessé Lopes
O deputado Jessé Lopes, também presidente da Comissão de Segurança Pública, em seu ciscurso, defendeu as ações da PMSC, de despejar moradores de rua de Itajaí em Balneário Camboriú. Ele abordou a problemática do crescente número de moradores de rua em Itajaí, descrevendo a operação de remoção como uma resposta necessária. Lopes citou um “comboio” de moradores de rua sendo levados para fora da cidade, interpretando a ação como uma medida de alívio para a comunidade local.
Durante sua fala, Lopes reproduziu áudios de policiais, que expressavam sua frustração com a situação e a sobrecarga de trabalho, citando a falta de apoio de outras instituições, incluindo a Assistência Social de Itajaí.
Reações de Outros Parlamentares
Sargento Lima e Ivan Naatz, também do PL, expressaram suporte às ações da PMSC. Lima criticou a atuação de outras instituições, enquanto Naatz abordou o impacto dos moradores de rua na sociedade, mencionando questões como segurança e falta de contribuição fiscal.
Resposta do Governador de Santa Catarina
Conforme a coluna de Anderson Silva no portal NSC Total, o governador Jorginho Mello, em uma ligação telefônica com o comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio Pelozatto, expressou sua insatisfação com os eventos e solicitou uma investigação detalhada e a responsabilização dos envolvidos. A apuração preliminar sugere que a operação foi realizada sem a autorização ou o conhecimento do comando local.
Nota Oficial do 1º BPM
O 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM) emitiu uma nota oficial, assinada pelo Tenente Coronel PM Ciro Adriano da Silva, clarificando que a operação não foi autorizada pela instituição. A nota também enfatiza a prática padrão da PMSC em situações envolvendo moradores de rua, que normalmente inclui a cooperação com a Assistência Social, visando proteger os direitos fundamentais dos indivíduos. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para investigar o incidente.