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Vida de riscos e fetiches: a trajetória fatal de ‘Phamella Cdzinha’

Crime brutal em Balneário Camboriú: crossdresser Phamella Cdzinha encontrada morta em seu apartamento

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Na madrugada de 1º de junho de 2024, a Polícia Militar, acionada para atender a um chamado de homicídio na Rua Amapá, no bairro dos Estados, em Balneário Camboriú,, encontrou Douglas Eccher, um homem de 37 anos, morto a facadas em seu apartamento. Conhecido nas redes sociais como “Phamella Cdzinha”, Douglas era um crossdresser envolvido em uma vida de riscos e fetiches, que lhe custou a própria vida.

Phamella Cdzinha era conhecida na internet por suas aventuras ousadas e explícitas. Douglas, sob o alter ego de Phamella, vivia uma existência marcada pela promiscuidade e pelo vício em situações extremas. Ele encontrava prazer em se envolver sexualmente com moradores de rua, documentando essas experiências e compartilhando-as em plataformas de assinaturas online. Sua “caridade” inusitada, como ele mesmo chamava, era um reflexo de seu estilo de vida arriscado e sem limites.

Cerca de sete horas antes de sua morte, Phamella lançou no X, ex-Twitter, um enigmático post: “ESTÁ FEITO…..” às 17h14 do dia 31 de maio. Essa mensagem, agora sob intensa análise, pode ser uma peça-chave para entender os eventos que levaram ao seu brutal assassinato.

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Douglas, como Phamella, já havia dado indícios de estar vivendo sob uma constante ameaça. Em 18 de março, ele compartilhou uma foto de seu novo apartamento com a legenda: “O meu local é seguro com interfone é um prédio! Não tem como nenhum maluco vir aqui me incomodar! Aquele covarde que estava me incomodando, me perseguindo, era um medroso, porque ele nunca tentou um embate pessoal. Só parecia escondido atrás dos muros para me espiar”.

Em 10 de maio, Phamella alertou seus seguidores sobre golpes que estavam sendo tentados em seu nome. Ele descreveu uma rede de golpistas que procuravam extorquir e ameaçar pessoas através de informações coletadas de maneira ilícita. Em suas palavras: “Eu não vendo conteúdo por Whatsapp, no meu pix está cadastrado meu nome verdadeiro! E sabe que existe muito viado lixo, que está doido pra dar golpe querendo saber nome completo pra extorquir e tentar se dar bem. Venda só pela plataformas.” Em resposta a um comentário deletado, Phamella foi ainda mais incisiva, mencionando diretamente uma pessoa de Itajaí e ameaçando tomar medidas legais contra ela.

Em 22 de maio, ele publicou um print de uma conversa com um policial civil, onde era aconselhado a registrar uma denúncia formal. Determinado a fazer justiça, Phamella escreveu: “Vou mostrar pra essa gay, esse covarde que adora se esconder atrás de WhatsApp pra dar golpe! Vamos ver… 😂😜! Amanhã vai ser um dia corrido. Chega dessa palhaçada! Merece muito, eu vou fazer justiça por muitos que foram extorquidos por esse lixo.”

Na noite fatídica, a cena no apartamento 30 era desoladora. Douglas, trajando suas roupas de Phamella, foi encontrado morto, vítima de múltiplas facadas. As investigações preliminares sugerem que o assassino teve livre acesso ao prédio, possivelmente autorizado pela própria vítima. O motivo do crime ainda é desconhecido, e o autor permanece foragido.

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