A troca de acusações entre o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, e o ex-prefeito e candidato a prefeito de Camboriú, Leonel Pavan, se intensificou nesta semana, culminando em uma série de vídeos e declarações públicas de ambos. O embate entre os dois tem repercussões tanto na política local quanto na disputa eleitoral em Balneário Camboriú, onde Juliana Pavan, filha de Leonel, também concorre à prefeitura.
A polêmica teve início quando Leonel Pavan publicou um vídeo criticando ataques à sua família e citando Fabrício Oliveira, sem mencioná-lo diretamente, mas atribuindo a ele e sua equipe a responsabilidade pelas ofensas e pelas supostas armações que têm afetado sua campanha e a de sua filha. No vídeo, Pavan expressou indignação ao relembrar episódios de 2016, quando seu filho foi alvo de denúncias que ele classificou como falsas e maliciosas. Além disso, Pavan pediu que os ataques cessassem, direcionando-se diretamente ao atual prefeito para que sua “turma de aloprados” parasse com os ataques à sua família.
Fabrício Oliveira, por sua vez, respondeu às acusações com outro vídeo, onde rebate as falas de Pavan e o acusa de tentar desviar o foco dos problemas na campanha de sua filha, Juliana. Fabrício também questionou o porquê de estar sendo atacado, uma vez que não é candidato nas atuais eleições, sugerindo que a estratégia de Pavan seria uma forma de tirar os holofotes da candidatura de Juliana, que, segundo ele, enfrenta momentos difíceis.
No centro da controvérsia está o caso do jornalista Glauco Piai, que foi preso em Balneário Camboriú com R$ 100 mil em dinheiro vivo, sem conseguir justificar a origem do montante. O prefeito Fabrício citou essa prisão em seu vídeo, apontando que Piai teria uma ligação próxima com Leonel Pavan e sua família. Segundo Fabrício, o jornalista chegou a acionar Pavan em busca de assistência jurídica durante a detenção. Ele ainda sugeriu que Piai seria um operador financeiro envolvido em negociações que podem envolver fraudes em pesquisas eleitorais.
A questão levantada por Fabrício gerou ainda mais tensão, já que, ao mencionar o caso policial, ele insinuou que poderiam existir “conteúdos ainda mais comprometedores e criminosos”. O prefeito mencionou um suposto áudio de Piai direcionado a Leonel Pavan, no qual estariam sendo discutidas estratégias para manipular pesquisas eleitorais em Balneário Camboriú e Camboriú.
Além das acusações sobre a campanha, Fabrício trouxe à tona o passado político de Pavan, mencionando que Glauco Piai teria sido assessor de figuras do PT, ligando indiretamente o grupo de Pavan a este partido. Fabrício, no entanto, reiterou que ele e Pavan não caminham juntos politicamente há anos, em virtude dos “métodos” de Pavan, que ele diz conhecer bem.
A investigação sobre a origem do dinheiro apreendido com o jornalista Glauco Piai ainda está em curso, e o caso segue sendo investigado pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú. Enquanto isso, a campanha eleitoral na região se aquece com a troca de acusações entre dois nomes de peso da política local.