A Black Friday, tradição comercial que marca o início da temporada de compras natalinas nos Estados Unidos, tornou-se uma data significativa também no Brasil. Contudo, nem todas as ofertas apresentadas como “imperdíveis” cumprem o prometido. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) alerta os consumidores para práticas enganosas e dá dicas importantes para evitar prejuízos.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MPSC, promotor de Justiça Leonardo Cazonatti Marcinko, destaca que algumas empresas aumentam os preços antes da Black Friday para simular descontos durante o evento. “O consumidor deve usar ferramentas disponíveis na internet para monitorar o histórico de preços e confirmar se realmente existe uma promoção ou se é apenas uma estratégia de marketing fraudulenta”, orienta.
Dicas para não cair nas armadilhas da Black Friday
- Use ferramentas de monitoramento de preços
Diversos sites e aplicativos permitem verificar o histórico de preços de um produto e criar alertas para receber notificações quando ele atingir o valor desejado. - Analise os detalhes das ofertas
Leia atentamente as condições das promoções, incluindo formas de pagamento e possíveis variações de preço em compras parceladas. - Confira as especificações do produto
Verifique características como tamanho, cor, compatibilidade técnica e acessórios inclusos para evitar surpresas desagradáveis. - Cuidado com o frete
O valor do frete pode comprometer o desconto aparente. Calcule o total antes de finalizar a compra. - Pesquise a reputação do fornecedor
Leia comentários de outros consumidores para evitar problemas com fornecedores e produtos de baixa qualidade.
Consumo consciente
Além de evitar práticas enganosas, o promotor de Justiça Leonardo Marcinko reforça a importância de avaliar a real necessidade de uma compra, mesmo diante de ofertas atrativas. “O consumidor deve refletir sobre o impacto da compra em seu orçamento e evitar o desequilíbrio financeiro”, alerta.
Atuação do MPSC
O MPSC atua de forma efetiva na proteção dos direitos do consumidor, com destaque para ações civis públicas e investigações de práticas abusivas em edições anteriores da Black Friday. A Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú, por exemplo, já processou uma grande empresa por atrasos na entrega de produtos adquiridos durante a campanha.