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Balneário Camboriú

Em 45 dias, GMs são flagrados agredindo duas pessoas com tapas em situações distintas

Homem levou tapas no rosto após ser rendido na Avenida Atlântica; em março, mulher também foi agredida pela GM

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Na noite de domingo (11), a Guarda Municipal de Balneário Camboriú foi novamente flagrada agredindo um cidadão com tapas no rosto durante uma abordagem na Avenida Atlântica. Um vídeo gravado pelo advogado Thyago Souza mostra guardas desferindo tapas no rosto de um homem, que já estava contido. O episódio, registrado por volta das 21h25, reacende o alerta sobre abuso de autoridade, especialmente porque se trata da segunda agressão facial registrada em vídeo em menos de dois meses.

Segundo o advogado que fez o registro, tudo começou após uma confusão em um barzinho da região. O homem, que não tentou fugir, caminhava pelo calçadão quando foi cercado por quatro agentes da ROMU — guarnição tática da GM. “Abordaram o cara, quatro caras grandes, o cara já contido, com a mão pra trás, algemado, e um dos guardas mete a mão na cara dele. É um absurdo isso”, relatou Thyago. Ele contou que, ao perceber a chegada da viatura, sacou o celular e começou a filmar do outro lado da rua. “Ainda ficou me encarando, tipo, o que você tá filmando? Mas meti o celular pra cima e filmei tudo.”

As imagens mostram dois momentos distintos: o primeiro tapa é desferido por um guarda que se posiciona atrás do homem já rendido. Em seguida, outro agente que estava ao lado do homem, repete o gesto, batendo com força no rosto da vítima. “O Estado não pode oprimir o cidadão dessa forma, independente do que tenha ocorrido. Seja uma briga, seja uma desavença, não compete a um agente do Estado meter a mão na cara de ninguém”, disse o advogado em publicação feita em seu Instagram.

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Em nota oficial, a Guarda Municipal alegou que os agentes foram acionados após uma denúncia de vias de fato em um bar. O homem, segundo a GM, estaria embriagado, teria causado tumulto, saído sem pagar a conta e resistido à abordagem. A corporação afirma ainda que ele tentou pegar o fuzil de um dos guardas e cuspiu em seus rostos. Com base nessas alegações, foi realizada a condução do homem à Central de Plantão Policial (CPP) por desacato, resistência e perturbação do sossego.

Contudo, o vídeo não comprova nem a tentativa de desarmamento nem o suposto cuspe mencionado pela Guarda Municipal. O que se vê são dois guardas diferentes agredindo o mesmo homem com tapas no rosto após ele já estar imobilizado.

Este novo episódio ocorre pouco mais de um mês após outro caso de agressão com tapa no rosto cometido por um guarda municipal. Em março, durante um show do cantor Mumuzinho na Praia Central, uma mulher foi impedida de se aproximar do artista para tirar uma foto e, ao questionar a abordagem, foi agredida com um tapa na face. A cena também foi gravada por testemunhas e gerou forte comoção pública por se tratar de uma mulher.

Na ocasião, a prefeita Juliana Pavan gravou um vídeo em tom de reprovação, dizendo que o guarda havia sido afastado e que um processo administrativo seria instaurado. “Nós já afastamos imediatamente este guarda das suas funções”, afirmou. Mas o afastamento foi apenas das ruas, pois o agente continuou atuando no setor de inteligência da GM e, posteriormente, concluiu o Curso de Atividades de Inteligência e Contrainteligência.

Com a formação, o guarda se tornou um “coruja” — como são conhecidos internamente os agentes especializados nessa área. O curso habilita o servidor a desempenhar funções sensíveis como levantamento de informações, mapeamento de criminosos, localização de foragidos, apreensão de drogas e armas, entre outras atribuições estratégicas. Ou seja, mesmo após agredir uma mulher no rosto, em plena data simbólica — o último dia do mês da mulher —, o servidor foi mantido e recompensado dentro da estrutura da GMBC.

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