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Após caso ser chamado de ‘Fake News’, pais de menino levado por Uber apresentam B.O. por tentativa de sequestro

A família, que aguarda por justiça, foi surpreendida pela notícia divulgada pela PM de que tudo não passava de uma Fake News

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O vídeo de um motorista por aplicativo arrancando o carro com uma criança autista, de 3 anos, no banco de trás, ganhou as redes sociais nesta terça-feira (19). O caso aconteceu na segunda-feira (18) por volta das 11h30 na rua 3950 em Balneário Camboriú.

Após a divulgação do vídeo, a Polícia Militar emitiu uma nota sobre a situação: “PM informa que não houve sequestro de criança por motorista de aplicativo – fake news”. A nota mostrava a versão do motorista, que alegou que se desentendeu com os passageiros devido ao excesso de pessoas que iriam entrar no veículo, com crianças sem cadeirinha. Ainda segundo a nota, ele recusou a corrida e saiu do local. Alguns metros à frente viu que a criança estava dentro do veículo, então parou e aguardou a família buscá-la. Após a chegada dos familiares, alguns populares acabaram danificando o veículo do motorista que ficou com medo e chamou a polícia.

A OUTRA VERSÃO DOS FATOS

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No instagram, os familiares relataram a versão deles sobre o ocorrido. “Ontem nosso filho de 3 anos, autista sofreu uma tentativa de sequestro por um motorista por aplicativo. Até agora não prenderam a pessoa e não tivemos apoio do aplicativo. Quero justiça pelo meu filho!”, publicaram.

Em conversa com o Camboriú News, o pai da criança, Tiago Sgai, relatou que a família, de Anápolis, Goiás, está passando férias de 10 dias na cidade. Como eles estão em seis adultos e duas crianças, sempre solicitam dois carros por aplicativo para se locomover. Na segunda-feira (18), a família solicitou os carros para irem almoçar e todos desceram do prédio para embarcar.

Quando o carro chegou, o pai da criança foi até o veículo, abriu a porta e colocou seu filho de três anos no banco atrás. Logo em seguida o motorista fechou a porta pelo lado de dentro e falou “peçam outro Uber”, se evadindo do local com a criança dentro do veículo.

Ainda de acordo com o pai do menino, a família correu berrando e sinalizando que a criança estava dentro do carro, na esperança do motorista parar, já que ele estava com os vidros baixos. Porém o motorista seguiu por 150 metros e parou na esquina da Avenida Atlântica. Neste momento o pai pensou que o homem iria entregar a criança, mas o carro saiu cantando pneu pela Atlântica.

Em desespero, o pai saiu correndo no meio da Avenida atrás do veículo, e pediu ajuda para alguém que passava de carro. Tiago relata que o motorista por aplicativo avançou cinco quadras e retornou para a Normando Tedesco.

Um outro carro que também estava perseguindo o motorista conseguiu fechar o veículo. Nesse momento o pai correu, tirou o filho de dentro do carro e deu um soco no motorista. As pessoas que acompanharam o caso se revoltaram e um popular quebrou o vidro do veículo. Ainda de acordo com Tiago, a população queria tirar a chave da ignição do carro para o motorista não fugir do local, mas o homem acabou escapando.

O pai explica que não conseguiu anotar a placa durante a perseguição e que, como a corrida foi cancelada antes de ser iniciada, os dados do motorista não ficaram salvos no aplicativo. Ele também afirma que o motorista olhou para trás e viu ele colocando o menino no carro.

O casal Tiago e Caroline registrou um Boletim de Ocorrência por tentativa de sequestro e cárcere privado. Porém no documento não tem os dados do motorista pois a família não teve acesso a eles.

Boletim de Ocorrência por sequestro

VIAGEM DOS SONHOS VIROU PESADELO

Os pais do garoto relatam que a viagem que era um sonho, virou um pesadelo. A família está trancada dentro do apartamento sem receber nenhum tipo de informação da Polícia sobre o ocorrido. A bisavó do menino, que presenciou tudo e correu atrás do veículo, está com crises de pânico. A criança que tem autismo ficou muito abalada com a situação e acabou se deprimindo. Com isto, a família precisa levar ao menino para um terapeuta pois ficarão até o dia 21 na cidade, mas não conhecem ninguém e não receberam suporte ou indicação de um bom profissional.

A família que estava esperando por respostas, como dados do motorista para poder buscar justiça, foi surpreendida pela notícia divulgada pela PM de que tudo não passava de uma Fake News.

Quando informados da versão da historia da família, a Polícia Militar alegou que não existe registro oficial do caso. Já a Polícia Civil informou que existe uma investigação em curso.

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