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Balneário Camboriú

Após Jorginho Melo não conseguir impor ordens, comandante-geral da PM de SC será substituído

Coronel Aurélio Pelozato se recusou a reconduzir o tenente-coronel Rafael Vicente ao comando do 12º BPM de Balneário Camboriú, provocando crise com o governador

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O governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), anunciou nesta segunda-feira (17) a nomeação do coronel Emerson Fernandes como novo comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). A passagem oficial de comando será realizada nesta terça-feira (18), às 18h, na sede da Academia de Polícia Militar da Trindade (APMT), em Florianópolis.

A mudança ocorre em meio a uma crise institucional marcada por um episódio de insubordinação que envolveu diretamente o batalhão de Balneário Camboriú (12º BPM), que se tornou palco de uma disputa política entre o governador e o agora ex-comandante-geral, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa.

Junto com Emerson Fernandes, haverá também a troca no subcomando-geral da corporação. O coronel Jofrey Santos da Silva assume o posto, substituindo o coronel Fernando José Machado.

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Entenda a Crise: Balneário Camboriú no Centro do Conflito

A saída do coronel Aurélio Pelozato ocorre após um forte atrito com o governador Jorginho Melo, desencadeado pela recusa de Pelozato em cumprir uma ordem direta: reconduzir o tenente-coronel Rafael Vicente ao comando do 12º BPM de Balneário Camboriú.

A nomeação de Vicente era uma promessa de campanha de Jorginho e uma demanda forte da comunidade local, apoiada por setores ligados à base bolsonarista do governador. Vicente é reconhecido em Balneário Camboriú por seu trabalho no combate à criminalidade e era visto como peça estratégica para a segurança da região, especialmente em uma cidade com grande fluxo turístico e alta demanda por policiamento.

No entanto, Aurélio Pelozato se recusou a executar a ordem, mantendo no comando interino o major Márcio Leandro Favoretto, sob o argumento de critérios técnicos e continuidade operacional. A postura foi interpretada como insubordinação, gerando forte desgaste político para Jorginho Melo junto à sua base conservadora.

Desdobramentos e Pressão Política

A crise interna se aprofundou quando o caso foi divulgado pelo jornalista Róbinson Gambôa, do portal Guararema News, revelando que a recusa de Pelozato em cumprir a ordem foi o estopim para sua substituição. Segundo Gambôa, o governador enfrentou pressões intensas de aliados políticos e da base bolsonarista, que exigiam a saída imediata do comandante-geral.

Ao longo das negociações, nomes passaram a ser cogitados para o comando da PMSC, com forte pressão para que Jofrey Santos da Silva assumisse o cargo principal, devido ao seu perfil alinhado com setores conservadores. Entretanto, Jorginho optou por indicar Emerson Fernandes como comandante-geral e nomear Jofrey para o subcomando, em uma tentativa de pacificar sua base política.

Contexto em Balneário Camboriú: 12º BPM como Ponto de Conflito

O 12º BPM, em Balneário Camboriú, tornou-se símbolo do impasse entre o governo estadual e o comando da PMSC. A unidade já vinha enfrentando mudanças constantes:

  • Em dezembro de 2023, Rafael Vicente foi afastado do comando, abrindo espaço para uma série de substituições.
  • Em março de 2024, Eder Jaciel de Souza Oliveira assumiu interinamente, mas deixou o cargo por motivos de saúde.
  • O major Márcio Favoretto assumiu a liderança, tornando-se ponto de atrito ao ser mantido por Pelozato mesmo após a ordem de recondução de Vicente.

A recusa de Pelozato em atender a decisão de Jorginho resultou em conflito aberto, com a base aliada do governador pressionando por sua saída.

Desabafo do Comandante Aurélio Pelozato:

Após ser comunicado da substituição, Pelozato enviou uma mensagem de despedida aos colegas oficiais, divulgada pela colunista Karina Manarin, em tom de desabafo e crítica:

“A PMSC é uma instituição secular que, mesmo com todas as dificuldades impostas por uma cultura e um sistema perverso, sobrevivemos, e ano após ano nos reinventamos, cada dia mais fortes.”

Pelozato ainda expressou orgulho pelo tempo em que esteve à frente da corporação:

“Estive por mais de dois anos no comando-geral com alguns dos melhores oficiais e praças (…), profissionais dedicados e íntegros, exemplos de caráter e cidadania a serem seguidos.”

Impactos Políticos: Desgaste de Jorginho Melo

A crise expôs fissuras dentro do governo Jorginho Melo, evidenciando dificuldades em impor sua autoridade sobre a segurança pública. Analistas apontam que o episódio:

  • Enfraqueceu a imagem de Jorginho perante sua base bolsonarista, que esperava maior firmeza diante da insubordinação.
  • Expos o racha interno entre decisões técnicas e pressões políticas na segurança pública.
  • Reforçou o peso político de Balneário Camboriú, evidenciando a importância do comando do 12º BPM para a estratégia eleitoral do governador.

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