Os dois acusados da morte do empresário Luiz Cavazzotto que começaram a ser julgados na quarta-feira, 27, pelo Tribunal do Júri de Balneário Camboriú foram condenados na tarde desta quinta-feira, 28. O advogado Felix Raichardt, mandante do crime, foi condenado a 17 anos e 10 meses de reclusão em regime inicial fechado por homicídio duplamente qualificado e adulteração de placa de veículo. O executor, Carlos Eduardo Conceição Martins, terá que cumprir uma pena maior, 33 anos, um mês e 13 dias, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, roubo qualificado e adulteração de placa, também em regime inicial fechado.
Perante o Júri, os Promotores de Justiça Luis Eduardo Couto de Oliveira Souto – da 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Balneário Camboriú -, Alexandre Carrinho Muniz e Marcio Cota – do Grupo Especial de Atuação do Tribunal do Júri (GEJURI) do MPSC – sustentaram que o homicídio foi duplamente qualificado por ter sido praticado por motivo torpe e sem possibilidade de defesa pela vítima.
Os crimes ocorreram em janeiro de 2020, quando Cavazzotto foi assassinado na frente de casa. Conforme a denúncia do Ministério Público, Raichardt, junto com sua namorada – ela é uma das denunciadas que será julgada em outra data, juntamente com mais outros dois acusados – planejou o homicídio e mandou executá-lo por que o empresário cobrava dele uma dívida referente à venda de um carro no valor de R$ 100 mil.
Por meio de um amigo, preso depois no Rio Grande do Sul, o casal contratou Martins para executar o crime.
Na véspera do assassinato, Martins roubou um veículo em Itajaí e, junto com o advogado, trocou a placa por outra, clonada. O veículo foi usado na execução.
No dia do crime, o denunciado apontado como o autor dos disparos estacionou próximo à casa do empresário e o advogado ficou próximo do local. Quando a vítima foi se despedir do amigo na frente da sua casa, o criminoso a alvejou com seis tiros, causando a morte de Cavazzotto no local.