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Caso de morador de rua vindo de Curitiba traz à tona suspeita de financiamento de passagens por prefeituras

Grupo de moradores de rua chegou a BC de ônibus e afirmou que suas passagens foram pagas pela prefeitura de Curitiba; resgate social já identificou casos similares provenientes de SP e cidades de SC

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Um grupo de moradores de rua foi interceptado em um ônibus proveniente de Curitiba, na rodoviária de Balneário Camboriú, na noite da sexta-feira, 05 de janeiro. A ação foi desencadeada por uma passageira que identificou a presença dos moradores de rua e prontamente acionou a abordagem social de Balneário Camboriú para relatar a situação.

Ao chegarem ao local, os membros da equipe de abordagem social dialogaram com os moradores em questão, que afirmaram terem suas passagens custeadas pela prefeitura de Curitiba. Durante o processo de abordagem, os moradores de rua tentaram fugir, resultando na detenção de apenas um indivíduo pela equipe responsável. Este indivíduo recebeu os cuidados necessários e foi encaminhado de volta a Curitiba.

De acordo com os relatos da abordagem social de Balneário Camboriú, essa situação não é um evento isolado. A rodoviária da cidade tem se tornado o destino final de muitos moradores de rua, financiados por prefeituras de diversas localidades do país. Atualmente a rodoviária é a principal porta de entrada de pessoas em situação de rua em Balneário Camboriú, evidencia-se que o bairro dos Estados, onde está localizada a rodoviária, é frequentado por um número expressivo de moradores de rua, dado que chegam de ônibus e permanecem na região.

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Esta prática não é exclusiva de Curitiba; o resgate social já identificou casos similares provenientes de São Paulo e outras cidades de Santa Catarina. Contudo, anteriormente, esses casos eram observados após as pessoas já estarem morando nas ruas da cidade, limitando a ação. O flagrante na rodoviária, com depoimento gravado do moradore de rua, configura uma situação diferenciada e possibilita uma abordagem mais efetiva.

Em um vídeo gravado no ato da abordagem, o diretor da abordagem social, José Henrique, relatou que Balneário Camboriú está de olho nesses casos e que as medidas cabíveis serão tomadas. Para o diretor é inadmissível que Balneário Camboriú exerça um trabalho sério com os moradores de rua, com abordagem e o consultório social e as as outras cidades não adotem nenhuma medida social e simplesmente mandem os moradores de rua para Balneário Camboriú.

Ainda de acordo com o diretor, esse caso será levado para o Ministério Público, juntamente com os outros casos de cidades que vêm mandando moradores de rua para Balneário Camboriú. Além da denuncia formal, a abordagem também adotará uma medida de combate direta a essa prática. Um QG será montado na rodoviária para realizar a abordagem direta desses casos.

A prefeitura de Curitiba emitiu uma nota negando as acusações: “A Prefeitura de Curitiba nega as informações veiculadas nos vídeos. A Fundação de Ação Social (FAS) informa que apenas atende com concessão de passagens pessoas que desejam retornar para suas cidades de origem no Brasil ou que comprovem vínculos na cidade que deseja viajar. A concessão é feita somente para pessoas ou famílias em situação de vulnerabilidade, após atendimento e análise técnica, além do contato com familiares na cidade de origem. Ressaltamos que a Fundação de Ação Social de Curitiba respeita as diretrizes e política nacional de atendimento às pessoas em situação de rua”, diz a nota

A prática de trazerem moradores de rua para Balneário Camboriú é antiga e ganhou voz quando um grupo de 40 moradores de rua fora escoltados de Itajaí para Balneário Camboriú no dia 31 de outubro de 2023.

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