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Confusão entre alunos da rede pública e jogadores de Beach Tennis é registrada na Praia Central de BC

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Nesta sexta-feira, 07, uma confusão entre alunos da rede pública de ensino e praticantes de beach tennis foi registrada na Praia Central de Balneário Camboriú. O caso aconteceu durante uma tentativa de aula de educação física ao ar livre. De acordo com o Professor de Educação Física do Centro Educacional Municipal Vereador Santa, Rodrigo Martins, a intenção da aula seria mostrar paras as crianças que existe diversão fora das telas, porém as crianças voltaram para casa frustradas e assustadas com o ocorrido.

Parte da situação foi gravada pelo Professor, no vídeo o professor relata situação vivenciada em duas ocasiões, uma na manhã desta sexta, das 9h às 11h e a segunda situação que aconteceu tarde das 14 às 16h, ambas no mesmo local, na altura da rua 2300, frente ao churros 101.

Pela manhã, ao chegar à praia com as crianças, o Professor Rodrigo e seus colegas de educação foram surpreendidos por uma praticante de beach tennis. A mulher questionou a presença do grupo, ao que os educadores explicaram que estavam conduzindo uma aula de educação física ao ar livre com alunos da rede pública. Em resposta, a praticante afirmou que as quadras eram de uso exclusivo deles, alegando pagamento pelo espaço.

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Rodrigo, ciente da legislação municipal, citou a Lei Municipal 7661/1988, que proíbe a ocupação do solo se prejudicar o acesso à praia. Diante da firmeza do professor, a praticante recuou, porém insistiu em iniciar uma partida, exigindo a retirada das crianças do local. Sem se intimidar, Rodrigo defendeu o direito das crianças de usufruírem do espaço público, garantindo que permaneceriam na área, além de aproveitar a quadra que estava livre.

De acordo com o professor, foi nesse momento que as crianças começaram a ser hostilizadas pelos jogadores. Além das crianças serem xingadas, o professor conta que o grupo ameaçava estourar a bola das crianças se invadissem a quadra deles.

Na tarde seguinte, os educadores e as crianças retornaram à praia, encontrando o espaço vazio e todas as quadras disponíveis. O professor, buscando evitar uma repetição do incidente da manhã, organizou as crianças em duas quadras livres, enquanto o restante foi instruído a brincar em um espaço aberto na areia. Por volta das 15h, um grupo de jogadores chegou ao local e expulsou as crianças de uma das quadras. Nesse momento, o professor tentou resolver a situação, explicando que bastava dialogar com os responsáveis para encontrar uma solução pacífica. Os educadores retiraram as crianças da quadra, liberando o espaço para os jogadores.

No entanto, as crianças decidiram ocupar outra quadra que estava desocupada. Contudo, os jogadores se dirigiram até essa quadra e expulsaram as crianças, colocando vários cones para delimitar o espaço e garantir que permanecesse vazio, impedindo o acesso das crianças. Mesmo tentando jogar bola fora das quadras, os jogadores continuaram a importunar as crianças.

O professor relata que, diante dessa atitude, ele se dirigiu aos jogadores de forma enérgica, mencionando claramente a legislação municipal que regula a utilização desses espaços. No entanto, a situação rapidamente escalou para um nível mais grave. As jogadoras passaram a proferir insultos às crianças, utilizando palavras de baixo calão, além de fazer gestos obscenos, como mostrar o dedo do meio. Diante desse comportamento agressivo, os educadores decidiram deixar o local. Ao olhar para trás, o professor testemunhou algumas jogadoras arremessando conchas nas crianças, resultando em ferimentos em uma delas, que chegou a sangrar na perna.

Diante da exaltação dos ânimos e da confusão crescente, o professor ponderou sobre a possibilidade de chamar a polícia. No entanto, após uma conversa com os outros educadores, decidiram priorizar o bem-estar das crianças e buscar amenizar o impacto da situação. Assim, optaram por retornar à escola e proporcionar às crianças um ambiente mais seguro para brincar, utilizando o estacionamento como alternativa.

Uma mãe procurou nossa redação para contar que sua filha vivenciou a situação onde foi xingada e mostraram o dedo do meio para ela e amigos. “O que era pra ser legal, acabou nisso”, desabafou a responsável pela menina.

No vídeo divulgado nas nossas redes sociais mães e alunos confirmam os relatos do professor.

‘Minha filha estava lá e falou que teve xingamento, palavrão e ainda mostraram dedo do meio para as crianças. O pessoal do Beach tênis chegou depois, as crianças já estavam usando as redes para jogar vôlei e logo chegou esse pessoal e começou a falar para parar de jogar que a rede era para eles, as crianças fizeram então uma roda para jogar toque e a bola ia as vezes na quadra deles então começaram a brigar, xingar, hostilizar, nem o pique nique q era previsto conseguiram fazer direito por que até areia e conchas essas mulheres jogaram. Não tem o que justifique adultos usar de palavrões e mostrar dedo para crianças de 10 anos, gente onde isso tem cabimento. Se fossem crianças fazendo isso era pq eram de escola pública.”, relatou Mariana Strey, mãe de uma aluna.

Já uma aluna relatou um pouco do que viveu, ela conta que a situação foi horrorosa e que a professora dela estava com muito medo. A menina conta que foi empurrada por uma jogadora: “ela me empurrou e tacou concha que cortou o pé de uma menina”.

Outras alunas alegam que além disso tudo uma das mulheres falava que e alguém ia parar no SUS.

Por outro lado praticantes do esporte alegam que os educadores estavam colocando a vida das crianças em risco e estavam apenas tentando proteger a integridade física dos menores de idade.

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