O Pronto Socorro Adulto do Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, atravessa uma semana crítica com relatos de pacientes esperando por até sete horas para atendimento médico. O problema surgiu logo após a prefeitura firmar, por dispensa de licitação, um contrato emergencial com uma nova empresa gestora, no valor de R$ 2.840.867,28 por seis meses.
A contratação foi formalizada em 1º de abril, mas sua implementação gerou turbulência. Médicos denunciam cortes de até 30% nos salários, o que teria motivado uma onda de demissões voluntárias e desligamentos. O impacto direto foi sentido na rotina do hospital, onde a escassez de profissionais comprometeu o funcionamento do pronto-socorro.
Na quinta-feira (3), autoridades municipais realizaram uma vistoria no local. A secretária de Saúde, Aline Leal, acompanhada dos vereadores Alessandro Teco (DC) e Ricardinho da Saúde (PRD), além do chefe da Casa Civil, Leandro Índio, constataram os problemas de atendimento e a ausência de profissionais.
Apesar de ter contratado a nova empresa poucos dias antes, a prefeitura notificou formalmente a prestadora devido às falhas constatadas. O episódio gerou ainda mais questionamentos em relação à condução da transição: a diretora da unidade hospitalar, Andressa Hadad, estava em viagem durante a troca de empresas e não participou do processo.