O Camboriú News obteve novas informações sobre um esquema de fraude financeira que tem afetado diversas vítimas na região, envolvendo a empresa chamada DI10 Assessoria Financeira Ltda, cujo sócio é acusado de enganar investidores e causar prejuízos financeiros de proporções alarmantes.
Jeferson Rothermel, por meio de sua empresa, prometia altos rendimentos mensais aos investidores, alegando investir o capital em ativos financeiros que renderiam lucros acima de 12% ao mês, sem risco de perda do capital.
Segundo as novas informações, um primo de Jeferson, atraído pelas propostas do parente, investiu inicialmente R$ 200 mil, recebendo religiosamente lucros mensais de aproximadamente R$ 16 mil. Esse cenário de aparente sucesso e segurança levou o primo a investir cada vez mais, chegando a contrair um empréstimo bancário de R$ 700 mil, vender um jet ski avaliado em mais de R$ 100 mil, um veículo Porsche 911 de mais de R$ 800 mil e entregar dois imóveis avaliados em R$ 1,65 milhão. No total, estima-se que o primo do empresário tenha investido mais de R$ 6 milhões no esquema fraudulento.
As outras vítimas, que possivelmente registraram Boletins de Ocorrência nas cidades de Balneário Camboriú, Camboriú, Blumenau, Pomerode, Navegantes, entre outras, atraídas pelas mesmas promessas, relatam um “modus operandi” semelhante. Elas teriam transferido grandes quantias para a conta pessoal do acusado, ou para a conta da empresa DI10, sendo convencidas a reinvestir os lucros mensais ou parte deles. No entanto, em determinado momento, pararam de receber qualquer valor, sem uma justificativa aceitável.
A situação se agravou em outubro de 2022, quando Jeferson começou a atrasar os pagamentos de forma substancial, omitindo o destino dos valores e bens
que subtraiu de seus “clientes”, o que gerou preocupação a estes.
Os valores entregues a Jeferson possivelmente nunca foram investidos no mercado financeiro, sugerindo que se tratava de um golpe meticulosamente planejado. O acusado teria se aproximado de pessoas bem-sucedidas e com hábito de investir no mercado financeiro, utilizando o primo como uma “porta de entrada” para um núcleo de potenciais vítimas.
Sem comprovar minimamente os negócios que supostamente teria feito com tais cifras, Jeferson teria alegado não ter condições de devolvê-los. Como nenhum patrimônio foi encontrado em seu nome, suspeita-se da possibilidade de ter sido destinado ao exterior, em criptoativos ou em nome de laranjas.
As vítimas, por sua vez, estão buscando medidas legais para reaver o dinheiro perdido, mas enfrentam um longo caminho pela frente.