Balneário Camboriú teve o registro de um boletim de ocorrência referente ao golpe do iFood, onde a vítima perdeu R$ 3.004,99. O golpe é muito popular em São Paulo, onde segundo informações do Procon-SP, desde o início da pandemia foram registradas 125 denúncias contra motoboys que fazem entregas tanto pelo iFood, com um prejuízo de 600 mil reais aos consumidores.
Em Balneário Camboriú, uma vítima procurou a delegacia da Polícia Civil para relatar o ocorrido. Segundo registros, a vítima relatou ter realizado um pedido às 14h45 pelo iFood e, às 15h12, recebeu uma ligação de um telefone com o DDD 41, final 2440, afirmando ser do restaurante. O atendente informou que o motoboy havia se acidentado, mas já estavam enviando novo pedido, e o valor, já pago, seria estornado após o registro do acidente na plataforma.
A pessoa no outro lado da linha pediu ao cliente que pagasse apenas a taxa de entrega para o novo motoboy, com cartão de crédito, para que, através do comprovante, fosse feito o estorno do pagamento feito pelo aplicativo.
O motoboy chegou ao endereço às 15h21, entregou a comida e confirmou o código de entrega do iFood, como é habitual. Após, o entregador colocou o valor na maquininha — R$ 4,99, conforme exibido no visor, possivelmente adulterado — para cobrar a entrega, assim como o combinado. Na primeira tentativa, deu erro. Na segunda acusou falta de limite, e na terceira resolveu passar no débito.
Ao entrar em casa, a vítima viu a notificação do débito em seu celular, no valor de R$ 3.004,99, para Pag*Leonardodasilva, e prontamente entrou em contato com o restaurante, que informou que o iFood é quem era responsável pela entrega. Logo, tratou de comunicar o banco e a plataforma de delivery, e também foi à delegacia registrar o B.O., munido das imagens salvas das câmeras do prédio da vítima e do ao lado, onde é possível verificar a presença de um segundo suspeito, além do motoboy. Este, que não parece ser o da foto do iFood.
Entenda o golpe
- Após o pedido pelo app, o(a) cliente recebe uma mensagem do(a) entregador(a) dizendo que sofreu um acidente e que outra pessoa realizará a entrega
- Uma suposta central de atendimento entra em contato confirmando a história e dizendo que é preciso pagar uma taxa de entrega para o novo entregador, porque a taxa cobrada anteriormente será estornada
- Uma outra pessoa chega com o pedido e com a maquininha para cobrar a nova taxa
- Na tela, pode parecer que o valor está correto, mas na verdade é cobrado um valor muito mais alto
- Uma vez que a senha é digitada pelo cliente, o golpe é concluído
Como se prevenir?
- Prefira pagar o pedido diretamente no aplicativo, para não precisar usar a maquininha
- Fique atento ao aviso na tela do aplicativo: as empresas não fazem cobrança via maquininha na hora da entrega se o pagamento já foi feito pelo app
- Se for pagar na entrega, preste atenção no valor na tela e se a maquininha está em boas condições. Se não for possível enxergar o valor, não efetue o pagamento
- Se for digitar sua senha, digite de uma maneira que outras pessoas não vejam
- Se tiver instalado, cheque o valor cobrado pelo aplicativo no banco assim que possível