Nesta semana, um áudio vazado em grupos de mensagens colocou o candidato a prefeito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD), no centro de uma controvérsia. Na gravação, Pavan discute a venda de um terreno de sua propriedade e menciona uma possível valorização da área caso seja eleito prefeito, o que levantou suspeitas sobre a legalidade das intenções expressas.
No áudio, que teria sido enviado há sete meses, Pavan afirma ter colocado à venda um terreno por R$ 45 milhões, mencionando que recusou uma oferta de R$ 35 milhões. Ele destaca que, se a venda não se concretizar antes da conclusão de uma negociação específica, não tem intenção de seguir adiante com a transação. Pavan também faz referência a um futuro acesso viário que, segundo ele, valorizaria a região, incluindo áreas próximas ao terreno em questão. “Sabe que eu pretendo ser prefeito ali e vou valorizar muito aquela região”, afirma no áudio.
A repercussão do conteúdo levantou questionamentos sobre um possível favorecimento pessoal vinculado ao cargo público.
Nota à imprensa
Em nota divulgada à imprensa, a campanha de Leonel Pavan reiterou a legalidade das ações do candidato, enfatizando que o áudio se refere a uma negociação imobiliária comum e antiga. “No áudio não há nada comprometedor ou ilegal, pois trata-se de uma negociação antiga, natural no ramo imobiliário em que Leonel Pavan sempre atuou”, diz a nota. Pavan ainda comentou sobre a obra de infraestrutura mencionada, assegurando que seu terreno não será diretamente afetado pela nova rodovia e que todas as propriedades na região seriam valorizadas pela construção, independente de quem seja o proprietário.
Pavan encerrou a nota afirmando que a divulgação do áudio é uma tentativa de seus adversários para distorcer os fatos e minar sua campanha. “As pessoas podem ouvir o áudio à vontade, pois não há nada de ilegal. Uma pena que os adversários estejam usando deste artifício para distorcer os fatos. Esta conotação maldosa serve apenas para demonstrar o desespero com o crescimento da minha campanha. Não é a primeira vez que isso acontece, e estamos preparados para as próximas armações”, concluiu.