O vereador Eduardo Zanatta (PT) e o deputado estadual Marquito (PSOL), acionaram o Ministério Público Federal (MPF) para verificar a denúncia de que as obras na Praia de Laranjeiras, em Balneário Camboriú, estariam danificando sítios arqueológicos onde se encontram ossadas de povos pré-coloniais, de aproximadamente 3 mil anos, sambaquis (acumulações constituídas de conchas de moluscos) e materiais líticos, como lâminas de machado e amoladores.
“Nas últimas semanas fui surpreendido com vídeos e fotos de materiais líticos, como lâminas de machados feitas de pedra, sendo encontrados próximos a uma área de entulho da obra da Prefeitura na Praia de Laranjeiras, deixando dúvidas sobre o destino dos artefatos. Imediatamente solicitei informações ao executivo e acionei o mandato do deputado estadual Marquito (PSOL), que é membro das Comissões de Cultura e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. Entramos em contato com a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em Santa Catarina, e decidimos fazer uma representação no Ministério Público Federal para verificar o cometimento de alguma irresponsabilidade”, afirma Eduardo Zanatta.
Conforme o Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), estão localizados na Praia de Laranjeiras três sítios arqueológicos. Parte dos materiais arqueológicos encontrados nas escavações estão sob a guarda de dois museus catarinenses: o Museu do Homem do Sambaqui “Pe. João Alfredo Rohr S.J.”, no Colégio Catarinense, em Florianópolis, e o Museu Arqueológico/Museu Gert Hering, localizado no Complexo Ambiental Cyro Gevaerd, em Balneário Camboriú.