Na noite de 15 de novembro, por volta das 21h08, um incidente trágico envolvendo um cão comunitário abalou o bairro Nova Esperança, em Balneário Camboriú. Segundo a Polícia Militar, um homem foi avistado correndo pela Rua Boa Vista e, em seguida, um cachorro de rua teria avançado contra ele. Cerca de cinco minutos depois, o homem retornou ao local e disparou contra o animal, levando-o à morte.
A Polícia Militar, acionada via Central de Operações (COPOM), realizou a coleta de evidências no local, incluindo uma cápsula de munição 9mm, que foi entregue à delegacia, e imagens de câmeras de segurança que capturaram um suspeito andando com um objeto na mão a cerca de 100 metros do incidente. A PM, entretanto, não divulgou essas imagens, justificando que a pessoa filmada não foi comprovadamente identificada como o autor do disparo, seguindo as diretrizes da Lei de Acesso à Informação.
A versão apresentada pela ONG de proteção animal Viva Bicho é mais detalhada e impactante. Em publicações nas redes sociais, a ONG relatou que o morador em questão já havia ameaçado o cão anteriormente por não aceitá-lo na rua. O animal era conhecido por ser dócil e por ter uma relação afetuosa com as crianças da vizinhança. “O cão amava as crianças e foi morto a tiros diante delas”, afirmou a ONG, que descreveu o ato como uma execução injusta e cruel.
A Viva Bicho também fez um apelo à comunidade, enfatizando a importância das denúncias anônimas para que o autor seja preso em flagrante. “Sabemos que denunciar um crime como esse não é fácil, mas é a única forma de garantir que o responsável pague pelo que fez”, afirmou a ONG. Eles destacaram a urgência das primeiras 24 horas para que a prisão em flagrante seja efetivada e pediram que as pessoas se manifestem, mesmo que anonimamente, para evitar que o caso caia no esquecimento. “Queremos justiça para essa vida perdida e para prevenir que outros animais sejam vítimas de violência”, concluiu a organização.
A investigação segue sob a responsabilidade da Polícia Civil, que analisa as evidências para identificar o autor do disparo. A comunidade e as autoridades locais continuam a buscar informações que possam ajudar a elucidar o caso e trazer justiça para o cão comunitário e os moradores que presenciaram a cena.