A crise que se instalou no Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, após a morte do recém-nascido Ragner Ramos Leitemperger e o corte de aproximadamente 3 cm no rosto de um bebê durante cesariana, levou a Prefeitura a anunciar medidas emergenciais. Entre elas, a transferência temporária da estrutura de gabinete da prefeita Juliana Pavan para dentro da unidade hospitalar.
A medida será colocada em prática na próxima semana e tem como objetivo conter a crise que paira sob o hospital. A estratégia foi definida após visita da chefe do Executivo ao hospital nesta sexta-feira (2), para ajustes operacionais. Segundo a administração, a transferência já estava prevista, mas foi antecipada após os dois episódios envolvendo partos no Centro Obstétrico.
Desde a morte de Ragner, ocorrida na noite de 25 de abril, a gestão municipal tem adotado ações internas, como trocas na direção do hospital, abertura de auditoria no contrato com a empresa médica que atua na maternidade e preparação de uma nova licitação para o serviço.
O caso mais recente envolve um bebê que sofreu um corte facial durante o parto cesáreo no dia 30 de abril. O ferimento, com cerca de 3 centímetros de extensão na região malar direita, foi descrito no prontuário como “corte acidental” durante a incisão uterina. A neonatologista foi acionada, o curativo foi feito com hidrocoloide e não houve necessidade de reanimação. O bebê sobreviveu.
Em paralelo, a Prefeitura de Balneário Camboriú retomará o diálogo com o Governo do Estado para possível estadualização do Hospital, uma vez que o atendimento é regionalizado. Caso o pedido não seja atendido, será dada sequência ao processo licitatório para um novo modelo de gestão de forma integrada, em que uma única entidade gerenciará toda a estrutura. Este processo já está em fase de estudos.