O presidente da Unimed Litoral, Dr. Umberto João d´Ávila enviou a seus colegas médicos, na tarde deste sábado (18), gravação alertando para o momento decisivo que Santa Catarina e a região da Amfri enfrentam na luta contra a covid-19.
Transcrição:
Estamos vivendo momentos difíceis em Santa Catarina, grande aumento de óbitos segundo mostrado pelos veículos de imprensa, 145% de aumento, tínhamos cerca de 500 óbitos, mas proporcionalmente com São Paulo, por exemplo, poderíamos esperar de 2.500 a 3000 óbitos e isso realmente poderá ocorrer.
Então, serão mais de 2.000 óbitos esperados nos próximos 60 dias se continuar o pico alto e crescendo.
Não é tom alarmista, mas evitar que a população sinta uma falsa segurança com alguns tratamentos que podem ser feitos… não acredite que porque tomou uma ou outra medicação possa estar livre do contágio, isso não é verdade, a medicação está sendo prescrita, pode ser utilizada numa decisão entre médico e paciente, existem opiniões a favor e contra, não vou entrar nesse mérito, mas isso não garante a não contaminação.
O que garante a não contaminação é o distanciamento entre as pessoas, é ficar em casa, realmente usar máscaras quando sair, evitar de ir a eventos sociais, se tem que fazer alguma compra no comércio faz a compra e vai para casa, não é para passear no comércio…
E fundamental, que não notei nas decisões do governo do Estado e municípios, as medidas restritivas às pessoas que mais sofrem com a doença que são os idosos.
O que foi colocado nas restrições foi que as empresas liberassem os idosos para ficar em casa e a ida ao supermercado em horário restrito, mas e o convívio na ruas dessas pessoas, o contato como a gente vê aqui em Balneário Camboriú jogando dominó, conversando ? … é fundamentalmente este momento de distanciamento tão necessário que a gente precisa.
Eu sei que está todo mundo cansado de ficar em casa, mas vamos procurar atividades que possam melhorar essa situação…
A situação nos hospitais não está boa, muitos colaboradores e médicos afastados por causa da infecção, estamos no Hospital da Unimed com 97 colaboradores afastados devido a quadro febril…. quem teve a doença sabe como é, não tem condição de trabalhar, a pessoa tem muita fadiga, muita dor no corpo, então precisa ficar em torno de 14 dias em casa…
Estamos com 7 médicos com exames positivos, de linha de frente, que tiveram que sair por quadro febril, fizemos toda a reestruturação, nosso pronto socorro está com atendimento ao máximo, nossa central covid (telefone 3267.4470, 7 dias por semana, das 8h às 22h) está atendendo, ampliamos o número de médicos em atendimento das ligações, aumentamos 12 leitos na enfermaria, mas realmente é importante que a população, independente do que foi colocado pelo Governo do Estado e municípios, amplie o distanciamento.
A gente já tinha colocado isso 15 dias atrás, era o momento certo de fazer um isolamento bastante restritivo dos idosos e isso não aconteceu, agora tem que ter consciência de cada um para a gente passar esses próximos 30 dias que o pico ainda…
A gente não sabe quando é esse teto e com certeza vai entrar pelo mês de agosto e a gente tem que baixar essa curva nas próximas semanas, senão vai ser muito triste, passando aí de 2.000 mortes quando estamos com 600 mortes no Estado.
O problema são idosos saudáveis que vão ao sol e respirar ar puro para não ficarem doentes ?
”Saúde é física mental e social! ”Nenhum destes ítens pode ser isolado. Tudo foi fechado cedo demais. Depois de quatro mêses estamos pior. Casos só aumentaram. E agora? Continuar dentro de casa? No norte da Itália idosos não podiam abrir as janelas e o que aconteceu ? Todos sabemos.
Infelizmente a Unimed perdeu qualquer senso de referência para mim.
Empresa médica que incentiva o uso (segundo noticias veiculadas, distribui kits ao seus colaboradores) da cloroquina, medicamento SABIDAMENTE sem efeito algum para a covid 19, mas com grande apelo IDEOLÓGICO, que a classe médica tanto ajudou a pestiar por este pais.
Vergonha uma instituição destas instigar este uso e ajudar a criar o que o seu presidente reclama ai: falsa sensação de segurança.