Diante da denúncia de mais de 400 consumidores catarinenses, o Procon estadual alerta a população sobre o golpe do motoboy. Nele, pessoas que se apresentam como sendo funcionários de banco avisam que o cartão da pessoa foi clonado.
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O consumidor recebe a ligação, que se diz ser de alguma instituição financeira, para confirmar uma compra que ele não fez. A vítima, então, é informada que o cartão foi clonado e precisa destruí-lo. A pessoa pega os dados, diz que irá dar início ao processo de cancelamento do cartão, solicita a senha e avisa que o banco irá mandar um motoboy recolher o cartão clonado. Após o recolhimento, os estelionatários fazem compras, empréstimos e saques, causando um prejuízo aos consumidores.
“As pessoas precisam ficar alerta para este tipo de golpe. É de extrema importância que o consumidor nunca forneça seus dados ou a senha do cartão para ninguém. E vale lembrar que as instituições financeiras e bandeiras de cartão de crédito nunca recolhem o cartão. Ele deve ser destruído pelo próprio usuário”, orienta o diretor do Procon SC, Tiago Silva, que revelou que o número de reclamações no órgão por este tipo de prática criminosa aumentou nos últimos meses.
Em um dos casos atendidos pelo Procon, a consumidora recebeu uma ligação informando sobre um golpe em seu cartão da bandeira Mastercard. Imediatamente, ela ligou para o banco, porém a ligação foi interceptada pela quadrilha, que solicitou os cartões e as senhas. Ela só desconfiou do golpe quando o banco de fato, no mesmo dia, entrou em contato avisando sobre a possibilidade do cartão ter sido clonado devido às várias compras e saques efetuados.
Em um outro caso ocorrido no Estado, o consumidor recebeu a ligação de uma suposta funcionária do Banco do Brasil informando que seu cartão foi clonado e que, devido à pandemia, o banco iria mandar buscá-lo na casa do consumidor. Ele chegou a ligar para a central do cliente e, novamente, a ligação foi interceptada pela quadrilha, que confirmou a retirada do cartão em casa.
Mais golpes na praça
Além do golpe do motoboy, outro tipo de operação fraudulenta chama a atenção do Procon devida à constante reclamação por parte dos consumidores. Em todos os casos relatados, os consumidores tentaram quitar o financiamento de um veículo, fizeram a ligação para o banco, que foi interceptada por uma quadrilha, solicitando o envio do boleto para pagamento. O boleto foi, então, enviado com dados falsos, o pagamento realizado, porém, ele nunca chegou ao banco.