O prefeito de Camboriú, Elcio Rogério Kuhnen, se reuniu na manhã desta quarta-feira, dia 16, no auditório da Prefeitura, com representantes de classes da cidade e região para discutir a crise da água. A estiagem afeta 10 cidades de Santa Catarina, que estão em situação de emergência, de acordo com levantamento da Epagri/Ciram. O encontro reuniu vereadores, secretários municipais, OAB, Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Univali, Instituto Federal Catarinense (IFC), Lions e Rotary, rizicultores, Águas de Camboriú, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Camboriú e representantes da Bacia do Rio Camboriú.
Para abrir a reunião a presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fucam), Liara Rota Padilha Schetinger, fez uma explanação completa de um estudo realizado sobre os recursos hídricos da nossa região e o impacto da crise da água nos próximos cinco e oito anos. O estudo também apresenta ações do executivo. “A situação é delicada. O momento é de unir forças e encontrar soluções para minimizar os efeitos da falta de água”, comenta.
Todos os representantes das entidades presentes fizeram uso da palavra e apresentaram opiniões divergentes sobre soluções a curto e médio prazo para minimizar o problema. Todos concordaram em um ponto, que é preciso unir forças de todas as partes, independente de posições partidárias. “O que está em discussão aqui é o bem comum, precisamos encontrar a melhor solução para que todos nós, moradores de Camboriú, soframos o menos possível om a falta d´água. Também fizemos uma reunião com os rizicultores para encontrar soluções para o setor que também sofre com a crise, uma vez que a prioridade por lei, é para consumo humano”, destaca o prefeito.
Em discussão: a construção ou não de uma Estação de Tratamento de Água (ETA), que hoje, é tratada em Balneário Camboriú, na Emasa; a construção de um parque inundável e outras formas de reservar água.
De acordo com o professor de Engenharia Ambiental e Sanitária da Univali, e pesquisador de recursos hídricos, Paulo Ricardo Schwingel, em cinco anos vamos enfrentar um grave problema de falta d´água. “A questão é que nossa demanda é maior que a oferta de água na natureza. Nos próximos anos teremos picos de estiagem e picos de muita chuva, e de acordo com os estudos em 2024, vamos enfrentar, possivelmente, uma escassez de água a ponto de ter de fazer rodízio no abastecimento”, alerta o professor.
Conclusão da reunião
Três pontos importantes foram tirados do encontro: levar para a audiência pública, que será realizada no dia 30 de outubro na Prefeitura, o debate sobre a construção ou não da ETA; discutir na audiência a construção ou não do parque inundável e por último, apresentar na sexta-feira, dia 25 de outubro, na Câmara de Vereadores de Camboriú, o estudo sobre alternativas para a estiagem.
Esse estudo apresenta três questões: tirar o sal da água do mar, parque inundável e adução de água do rio Tijucas ou Itajaí-mirim.