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Tumulto em reunião de campanha gera troca de acusações entre grupos políticos em Balneário Camboriú

Prefeito Fabrício Oliveira rebate acusações de Pavan sobre episódio com apoiadora no Bairro da Barra

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Na noite de sábado (17), um incidente durante uma reunião de campanha no Bairro da Barra, em Balneário Camboriú, gerou um intenso conflito entre diferentes grupos políticos da cidade. Em vídeos que circulam nas redes sociais, uma jovem aparece em um momento de confronto verbal com o ex-prefeito Leonel Pavan, acusando-o de ter ordenado a prisão de seu pai, um broqueiro que trabalhava nas pedreiras da Barra nos anos 90.

A situação escalou para uma troca de acusações entre o ex-prefeito Leonel Pavan, o candidato a prefeito Peeter Lee Grando e o atual prefeito Fabrício Oliveira.

Leonel Pavan, por meio de nota oficial, repudiou o que descreveu como uma “armação política” orquestrada pela campanha de Peeter Grando, outro candidato à prefeitura. Segundo Pavan, uma colaboradora da campanha de Grando, uma ex-funcionária da Prefeitura de Balneário Camboriú, teria se infiltrado em uma reunião do candidato a vereador Júnior Camarão (PSD) com o objetivo de criar tumulto e gerar conteúdo prejudicial para as redes sociais. Pavan criticou a atitude da jovem, destacando seu histórico como beneficiária do programa Bolsa Família, mesmo quando estava como funcionária pública, e acusou a atual administração de não trabalhar com a verdade.

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A campanha de Peeter Grando, por sua vez, negou qualquer envolvimento com o incidente. Em nota, a equipe afirmou que a mulher vista no vídeo agiu de forma espontânea, revivendo um trauma de infância relacionado à prisão de seu pai, ocorrida na década de 90, e atribuindo responsabilidade a Leonel Pavan, que era prefeito na época. A campanha repudiou a divulgação do vídeo, classificando-a como uma exploração criminosa da dor da cidadã.

O prefeito Fabrício Oliveira também se manifestou, rejeitando as acusações de Pavan e reafirmando os fatos históricos que, segundo ele, marcaram a vida de muitas famílias na região Sul da cidade. Oliveira defendeu a autenticidade das reações da mulher e criticou Pavan por tentar explorar politicamente a situação. “Destruir reputações faz parte da velha política, algo que sempre combati”, afirmou o prefeito.

Pedreira da Barra anos 90

O episódio reacendeu antigas tensões na cidade, destacando um período controverso da história local, quando trabalhadores das pedreiras da região sul da cidade, conhecidos como broqueiros, foram conduzidos enquanto extraiam pedras, o caso ocorreu durante a gestão de Pavan como prefeito. Segundo relatos, a ação teria sido motivada pelo Ministério Público por questões de regularização ambiental, um ponto de discórdia que ainda gera debates entre os moradores.

Por outro lado as famílias dos broqueiros afetados na época adicionam atribuem as prisões ao governo da época. Confira relatos de outras filhas de broqueiros:

Isabela Cardeal, filha de um dos broqueiros, afirmou: “A atitude da moça só reflete a revolta que sente por ter tido seu pai preso de maneira injusta e cruel. Nos anos 90, o sustento do povo era limitado, ou vinha da pesca, ou das pedreiras. Meu pai também trabalhou nas pedreiras. Isso gera revolta em muitos até hoje. Nunca houve uma retratação ou arrependimento.”

Ana Carolina Henrique Dourado, prima da jovem no vídeo, ecoou o sentimento: “Isso mesmo, mana. Meu pai também foi preso na época. A moça é minha prima e só disse a esse senhor o que estava entalado.”

Noeli Rebelo Moda Praia, outra filha de um broqueiro, também comentou: “Olha gente, eu gosto da Juliana Pavan, mas essa história é real. Meu pai era broqueiro na época, graças a Deus estava trabalhando na Barra, mas vários amigos da nossa família foram presos e ficaram sem o ganha-pão deles.”

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