Uma turista de Concórdia, que está em Balneário Camboriú a passeio, procurou o Camboriú News para relatar que teria sofrido o “golpe do cheiro”, também conhecido como golpe do gás, ou golpe do spray em um carro por aplicativo.
O golpe vem sendo relatado com certa frequencia, desde meados de novembro de 2021, em grandes capitais do Brasil. De acordo com as denúncias os motoristas estariam tentando intoxicar passageiras.
A.S. conta que o caso aconteceu nesta terça-feira, 06, por volta das 13h30. Disponbilizamos seu relato na íntegra:
“Eu estava no Pontal Norte e precisava ir pra Barra Sul. Como meu pequeninho estava dormindo, meu marido ficou com ele em casa e aí fui sozinha no Uber. Quando o Uber chegou conferi a placa, carro e o motorista, e estava tudo certo, mas ele estava com a dita ‘esposa‘ e me perguntou se tinha problema. Não me dei conta e falei que não teria problema.
No início já da viagem ele me pediu se poderia ir pela 4ª Avenida já que a Avenida Brasil estava um pouco congestionada. Falei que não, que podia seguir a rota, que não tinha pressa pra chegar.
Ele me pediu se queria abrir o vidro, falei que não porque estava tranquilo e mesmo assim ele abriu um pouquinho. Nisso senti um cheiro muito forte, um perfume, comecei sentir minha boca e corpo amortecido, seguido de formigamento, visão turva, um mal-estar. Aí percebi que eles estavam tentando me fazer perder a consciência, coloquei a mão no botão pra abrir o vidro e fiquei pressionando o caminho inteiro, destravei a porta de trás.
Vi que a dita esposa e ele se olharam e ele tentou fechar meu vidro, mas como eu estava pressionando o botão ele não conseguiu fechar. Coloquei a cabeça pra fora do vidro pra tentar pegar mais ar e nisso foi passando o efeito. No fim acho que tive a reação certa e não aconteceu algo mais grave. Mas meu pensamento era gritar e pular do carro”.
A moça fez boletim de ocorrência online. Ela conta que também entrou em contato com o Uber, que devolveu o dinheiro da corrida, mas não informou se será tomada alguma medida para investigar a situação, já que de acordo com o cadastro do motorista, ele está há apenas 17 dias trabalhando na plataforma.
A Guarda Municipal informou que não atendeu nenhuma ocorrência dessa natureza na cidade. Já a Policia Militar não respondeu ao nosso questionamento até o fechamento desta matéria.