A ONG Viva Bicho, localizada em Balneário Camboriú, enfrenta um desafio crescente: a superlotação do abrigo e a falta de recursos para ampliar sua infraestrutura. Em busca de uma solução que ofereça bem-estar aos animais e desafogue o espaço, a ONG lançou a campanha “Guarda Compartilhada”. A iniciativa busca lares temporários para cães idosos e com necessidades especiais, proporcionando a eles a oportunidade de vivenciar o carinho de um lar.
Bino, um cãozinho de porte pequeno e aproximadamente 8 anos, é conhecido por sua simpatia. No abrigo, ele é sempre o primeiro a correr para o portão em busca de carinho.
Já Dentinho, outro cão idoso e de porte pequeno, prefere a tranquilidade. Ele gosta de ficar no alto da casinha observando o movimento, sendo um animal calmo que se adapta a um ambiente sereno.
Tadeu, de porte médio e também com cerca de 8 anos, já enfrentou dificuldades, incluindo a remoção de um tumor, mas continua amoroso e em busca de um lar afetuoso.
Dexter, um cão cego, chegou ao abrigo acompanhado de duas irmãs menores que foram logo adotadas. Ele foi deixado para trás pelos antigos tutores e vive no abrigo há anos. A falta de visão torna o convívio na baía um desafio, especialmente em um ambiente onde dividir espaço com outros cães é inevitável.
Chico é um cão cheio de energia e com uma história curiosa. Apesar de ter tido um lar, foi levado ao abrigo para tratamento e, após ser devolvido ao endereço descoberto pela equipe, continuou a fugir para retornar ao abrigo. Seu espírito aventureiro o faz escalar as baías e confrontar outros cães, incluindo pitbulls, tornando sua estadia desafiadora.
Pretinho é um dos casos mais comoventes. Nascido e criado no abrigo, está idoso e nunca conheceu o que é ter uma família só para ele. Pensar que ele jamais passeou na rua ou teve um vínculo familiar é de partir o coração.
A campanha é uma alternativa para aliviar as condições do abrigo, que não possui baías individuais, expondo os cães a riscos de brigas por espaço ou comida. A “Guarda Compartilhada” permite que os voluntários ofereçam lares temporários, renováveis a cada três ou seis meses, enquanto a ONG se responsabiliza pelo acompanhamento veterinário e medicações.
Interessados em ajudar podem se inscrever para acolher um dos cães e dar a eles a chance de experimentar o conforto e o amor de um lar, um gesto que faz toda a diferença para animais que talvez nunca tenham tido essa oportunidade.