Na última quarta-feira, 02 de outubro, o escândalo de suposto caixa 2 envolvendo Leonel Pavan, noticiado inicialmente pela Folha de São Paulo, teve novos desdobramentos com a divulgação de um áudio pelo Blog do Prisco. O áudio sugere que a operação que resultou na prisão de Glauco Piai teria sido forjada. Segundo a publicação, a conversa vazada seria entre integrantes da Guarda Municipal de Balneário Camboriú.
Contudo, o teor da conversa logo levantou suspeitas, já que um dos interlocutores demonstrou desconhecimento sobre o funcionamento do departamento de pós-crime da Guarda Municipal.
Após investigação, foi descoberto que o guarda que compartilhou as informações durante a ligação foi identificado como A.R.A., um GM afastado há dois anos por motivos de saúde. Atualmente, A.R.A. está readaptado na Secretaria de Inclusão Social, atuando no Resgate Social. Em entrevista ao Camboriú News, ele confirmou que participou da conversa: “Sou um dos que estava na conversa. O que falei na ligação é o que é comentado pelos GMs.”
Além de não estar ativo na Guarda Municipal, A.R.A. é apoiador da campanha do PSD, com fotos ao lado de Nilson Probst e Juliana Pavan, candidatos nas eleições municipais. Já o responsável pela ligação que vazou e resultou na especulação não foi identificado. A.R.A. não confirmou se a pessoa que ligou para ele fazia parte da corporação e se recusou a fornecer mais informações: “Não comento mais nada sobre o assunto. Já estou tendo represálias. Não irei mais me manifestar, somente em juízo.”
Essas revelações adicionam uma nova camada de complexidade ao caso, que já envolvia denúncias de caixa dois eleitoral e promessas de contratos públicos em troca de apoio financeiro. O escândalo continua a crescer, enquanto as investigações prosseguem.