A Polícia Civil descobriu, após depoimento de testemunha e análise de imagens de câmeras de videomonitoramento, que a mãe que esfaqueou a filha na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, carregava a faca usada no crime na mochila.
O crime ocorreu no dia 5 de setembro. A menina, de 13 anos, morreu nesta quinta-feira, 12. A vítima estava envolvida com um vendedor ambulante, de 32 anos.
Mãe e a filha vieram Foz do Iguaçu, no Paraná, para Balneário Camboriú há dois meses, onde conheceram o vendedor ambulante na orla. Elas chegaram a ficar na casa do homem, e depois mudaram-se para Bombinhas. A menina tinha fugido de casa há 10 dias.
Segundo o delegado, no dia do crime, a mãe estava alterada e ficou aguardando o casal em frente a um quiosque, ingerindo alguma bebida, mas ele não soube dizer se era bebida alcoólica. Quando o ambulante e a menina chegaram ao local, a mãe começou a gritar e agredi-los com chutes e socos.
O homem afastou-se delas e ficou ao lado do quiosque enquanto mãe e filha brigavam na frente do estabelecimento. Foi nesse momento em que a mãe puxou a faca e desferiu um golpe de cima para baixo, atingindo o coração da filha.
A mãe havia dado versões conflitantes para a Guarda Municipal e para a Polícia Civil. Para a guarda, ela disse que que queria acertar o homem, e que acertou a filha sem querer porque ela havia se jogado na frente para defendê-lo. Já à polícia, disse que não tinha intenção de atingir ninguém, e apenas desferiu golpes no ar por nervosismo.
A mulher foi presa em flagrante mas foi liberada em audiência de custódia. Como a filha morreu, agora ela deve responder por homicídio qualificado por motivo fútil. O delegado aguarda laudos periciais, e após obter os resultados, vai avaliar se pede a prisão da mãe. Ele também espera o laudo do local do crime para concluir o inquérito.
Outro inquérito foi aberto pelo delegado para investigar o vendedor ambulante, por manter um relacionamento com uma adolescente de 13 anos. Ele deve responder por estupro de vulnerável.