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PM esclarece vídeo em que homem é contido por policiais após incêndio

A Polícia Militar enviou uma nota de esclarecimento sobre vídeo que mostra uso da força para conter vítima de incêndio

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Após repercutir nas redes sociais um vídeo onde um homem aparece sendo contido por policiais com uso da força durante o incêndio na Marginal Oeste, a Polícia Militar enviou uma nota de esclarecimento para elucidar o motivo da agressividade ao homem que morava em um dos apartamentos atingidos pelo fogo.

Veja a nota de esclarecimento à Imprensa:

A Polícia Militar em Camboriú informa que na madrugada desta segunda-feira, 23, foi acionada para conter um homem que estaria exaltado, desacatando as autoridades presentes durante um incêndio na Marginal Oeste. Um vídeo divulgado na imprensa e rede sociais mostra a atuação da PMSC nessa ocorrência.

A PM esclarece que a guarnição estava em apoio ao Corpo de Bombeiro e à Defesa Civil, a fim de realizar a retirada dos cidadãos que estavam próximos à área interditada. Sendo assim, os policiais conversaram com as pessoas que estavam ali e indicaram o local onde poderiam permanecer, com vistas a sua segurança e proteção. Nesse momento, o homem que aparece no vídeo se exaltou, retrucando palavras ofensivas e agressivas ao Sargento que estava em operação, e se recusando a sair da área de risco.

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A Polícia Militar deu voz de prisão ao homem, mas ele não obedeceu, desta forma, foi necessário que os policiais usassem a força para contê-lo. O autor não aceitou ser algemado e mesmo com a ação dos policiais, continuou resistindo. Após ser contido, o homem assinou o termo de compromisso e foi liberado.

Durante o serviço prestado no incêndio, também foram registradas outras três ocorrências de desacato, mas que se desenrolaram sem maiores conflitos. Desde o conhecimento dos fatos, a 1ª Companhia do 12º Batalhão de Polícia Militar está aberta para esclarecer possíveis dúvidas que surgirem acerca do ocorrido.

Camboriú, 23 de setembro de 2019
Cap. PM Rafael Marcon
Comandante da 1º Cia /12º BPM

OPINIÃO DO EDITOR

Os últimos acontecimentos que ganharam repercussão, com pessoas alteradas em ocorrências atendidas pela Polícia Militar de Santa Catarina, evidenciam que há uma falha operacional da corporação em lidar com esse tipo de situação.

Dias atrás, em Jaraguá do Sul, um homem foi preso por ter agredido um dos policiais que o abordou por estar dirigindo embriagado. Os vídeos divulgados mostram que o homem, apesar de não estar completamente sóbrio, estava colaborando com as ordens dos policiais. Em determinado momento, o homem reclama do giroflex ligado, e foi o estopim para toda a confusão.

A agressão ao policial talvez não tivesse acontecido se o militar tivesse munido de preparo psicológico para não se enfurecer com uma solicitação de um homem que estava alterado pelo efeito do álcool. O policial não tinha nenhuma obrigação em ser solícito ao abordado, mas as imagens deixam claro que o soldado Benenvine, antes de ser nocauteado e ter a cabeça chutada, quis dar demonstração de sua autoridade, deixando o homem mais irritado ainda. A agressão ao policial foi injusta e covarde, mas certamente seria evitada se o estresse fosse controlado.

Digo isso sem nenhuma intenção de menosprezar o trabalho da autoridade policial, que é preciso ser respeitado, e nem de querer “ensinar o padre a rezar a missa”. É errado — e criminoso — desacatar um policial. Mas este, em momentos sensíveis como esse do incêndio, não deveria se ofender com palavras de baixo calão, principalmente se elas partem de uma pessoa que está afetada emocional ou psicologicamente. Quem desacata, certamente resistirá à prisão. E nesses casos, armas de efeito moral ajudam a render o indivíduo desobediente.

Concluo observando que: onde os ânimos estão exaltados, é preciso ter jogo de cintura (e spray de pimenta).

P.S.: Destaco o comentário de Guilherme de Sousa, feito em nossa página no Facebook:

“O policial deve estar acima de um cidadão psicologicamente abalado, o nome disso é profissionalismo. […] É diferente de quando se está em ocorrência de furto, roubo, homicídio ou tentativa, ou tráfico, onde há uma situação de risco real ao agente. Nesse caso eles estão ali para dar suporte ao trabalho de outras instituições e acalmar os ânimos, não gerar mais turbulência. Medir testosterona é o oposto de profissionalismo e mancha a imagem já desgastada da corporação, que tem que ficar explicando a ação de um “02” da corporação.”

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