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Mãe ganha bebê dentro de vaso sanitário e relata violência obstétrica no Ruth Cardoso

"Fui internada e começou o inferno na minha vida, além de estar em choque por estar com um filho morto dentro de mim, fui maltratada pelo hospital", conta a mãe

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Na última sexta-feira, 03, a então gestante, Fernanda Ademek, 22 anos, buscou atendimento médico em Bombinhas pois seu bebê de 23 semanas não estava se mexendo. No hospital não conseguiram ouvir os batimentos cardíacos do feto e por esse motivo a mãe foi transferida para o Hospital Ruth Cardoso. A mãe publicou em sua rede social que sofreu violência obstétrica na maternidade do hospital municipal de Balneário Camboriú.

Fernanda relata que chegando no Ruth Cardoso, ela ficou 1h aguardando atendimento, e após 2h realizaram uma ultrassom que confirmou a morte fetal. “Fui internada e começou o inferno na minha vida, além de estar em choque por estar com um filho morto dentro de mim, fui maltratada pelo hospital”, conta a mãe.

Segundo ela, foram inseridos 3 comprimidos para induzir o parto. No sábado, 04, Fernanda começou a sentir fortes dores e em certo momento uma enfermeira realizou o exame de toque e disse que estava tudo normal e que o bebe não estava saindo. A mãe conta que dois minutos após esse relatório, ela foi ao banheiro e acabou ganhando o bebê no local, a criança caiu dentro do vaso sanitário. “Por culpa dela que falou que eu não estava em trabalho de parto, fui no banheiro e meu filho caiu dentro do vaso sanitário. Entrei em desespero meu marido também não sabíamos o que fazer, ele começou a gritar chamar alguém”, relata Fernanda.

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A mãe segue desabafando, “A enfermeira voltou me levantou e disse nas exatas palavras ‘da descarga pai, da descarga’, meu marido sem entender e em choque com tudo, eu chorando desesperada, fez o que ela mandou”.

Ainda de acordo com Fernanda, nesse momento a enfermeira chamou um médico, “ela saiu a procura do médico e eu ouvi ela falando ‘o pai deu descarga’. O médico entrou no quarto não me olhou, nem se eu estava bem, apenas foi até o banheiro e gritou ‘Tratem de achar essa criança, pois isso e ocultação de cadáver’.

A enfermeira negou que deu a ordem de dar a descarga, segundo a família, a mulher culpou o pai da criança e outras duas enfermeiras pelo que tinha acontecido.

Por fim, o hospital precisou quebrar o vaso sanitário para realizar a retirada do bebê. “Quebraram o vaso pois meu filho estava preso, por pouco ele não vai pra fossa, ele estava dentro da placenta, então era muito grande pra passar”, relembra.

A mãe lamenta o fato de não poder enterrar seu bebê. “Não me falaram as medidas dele nem nada, pedi pra trazer meu filho, porque iria enterrar, mas não deixaram eu trazer. Perguntei pra onde ia, mas não falaram, ele era grande, lindo, todo perfeito com toda certeza eu poderia trazer e enterrar meu filho”.

A mãe conta que tornou o caso público para que nenhuma outra mãe passe novamente por violência obstétrica no local.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Tive uma esperiencia difícil neste hospital também quando uma enfermeira me falou no privado que o médico que a tratava não investia em idosos. Ele deu alta a ela antes de terminar o tratamento e ela morreu em casa. Relatei para a ouvidoria da saúde e me disseram que foi noutra gestão, então não tinha o que fazer. São pessoas autorizadas a matar com proteção de outras. Somos importantes apenas enquanto pagadores de impostos. Quando doentes somos melhores mortos. Balneário Camboriú a Dubai do pior sistema de saúde do mundo.

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