Uma sequência de crimes que se estendeu por quase nove horas resultou na condenação de uma dupla de jovens pelo Tribunal do Júri de Balneário Camboriú. Nilo Jesse do Nascimento e Gustavo Cardoso Vargas foram considerados culpados pelas ações denunciadas pelo Ministério Público de Santa Catarina, que envolviam roubo, fuga, desobediência a autoridades, direção perigosa e até uma tentativa de homicídio contra um policial.
Segundo a 8ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú, os jovens cometeram uma série de crimes na madrugada do dia 13 de fevereiro deste ano. Inicialmente, abordaram dois pedestres em Itajaí, utilizando uma arma de choque para ameaçá-los e roubando seus celulares e um cordão de prata.
A ação criminosa não parou por aí. Em seguida, eles seguiram para Balneário Camboriú com o intuito de continuar praticando delitos. Na Avenida Atlântica, abordaram um homem e duas mulheres que estavam embarcando em um veículo. Utilizando a mesma tática de ameaça com arma de choque, roubaram documentos, chaves de carros e até documentos de um veículo reboque.
As vítimas acionaram a Polícia Militar, que prontamente iniciou as buscas pelos criminosos. Nilo e Gustavo foram localizados no bairro Monte Alegre em Camboriú, porém, ao receberem voz de prisão, desobedeceram às autoridades e fugiram do local.
Uma perseguição teve início, e os policiais conseguiram cercá-los em uma rua próxima à 5ª Avenida em Balneário Camboriú. Contudo, o condutor do veículo, Gustavo, assumindo o risco de causar uma morte, avançou contra um policial que estava saindo da viatura.
O policial reagiu à agressão com um disparo de arma de fogo, evitando que o crime se consumasse. Mesmo assim, a dupla continuou em fuga, dirigindo em alta velocidade, desrespeitando sinais vermelhos e colocando em risco a vida de pedestres e motoristas que circulavam pelo local.
A perseguição só chegou ao fim quando o carro dirigido por Gustavo colidiu com uma rótula próxima ao Hospital Ruth Cardoso. Os criminosos foram capturados e presos em flagrante no local.
Como resultado do julgamento, o Conselho de Sentença condenou Gustavo a 11 anos, nove meses e 18 dias de reclusão, enquanto Nilo recebeu uma pena de sete anos, três meses e 18 dias de reclusão em regime semiaberto, pelos crimes de roubo e desobediência a ordens policiais.
A competência do Tribunal do Júri prevaleceu para julgar todos os crimes conexos praticados pela dupla, que deixou um rastro de violência e medo durante quase nove horas de delitos.
