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Jorge Moura é condenado por estupro de vulnerável, violação e assédio sexual

Fotógrafo recebe, em primeira instância, sentença de 14 anos e 10 meses de reclusão; cabe recurso

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Em recente decisão, a Justiça Federal catarinense sentenciou o fotógrafo Jorge Amaro de Moura a uma pena de 14 anos e 10 meses de reclusão. Moura foi considerado culpado por estupro de vulnerável, assédio e violação sexual. A sentença, proferida em primeira instância, ainda permite recurso por parte da defesa. O portal Click Camboriú foi responsável por investigar o caso, que rapidamente se tornou um assunto de relevância nacional. A TV Record, por meio do programa Balanço Geral, divulgou a condenação no dia 16.

Detalhes do Caso

Jorge Moura, que atuava como fotógrafo, agenciador de modelos e jurado em concursos de beleza, enfrentou acusações graves, incluindo assédio, abuso sexual, estupro e comercialização não autorizada de imagens de suas modelos. Estima-se que, ao longo de três décadas, Moura tenha vitimado inúmeras jovens.

Em março de 2022, uma modelo representada por Moura denunciou-o ao Click Camboriú. Ela alegou que suas fotos, capturadas por Moura, estavam sendo vendidas em um site estrangeiro inacessível no Brasil, denominado thepeopleimage.com. A mãe da jovem informou que Moura havia garantido que as imagens seriam exclusivamente para promoção de marcas de roupas.

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Após a exposição inicial, várias outras vítimas, incluindo adolescentes e mulheres adultas, compartilharam suas experiências traumáticas envolvendo Moura. Os testemunhos apresentavam semelhanças: as jovens eram contatadas online e convidadas para sessões de fotos. Posteriormente, eram conduzidas ao estúdio de Moura, onde ele insistia em privacidade, excluindo até mesmo os responsáveis legais das jovens. Muitas alegaram ter sofrido abusos nesse local.

Operação Abusou e Prisão Preventiva

Em abril de 2022, a Polícia Federal lançou a Operação Abusou, resultando na prisão preventiva de Moura. A operação visava desmantelar um esquema criminoso dedicado à produção e venda de imagens eróticas de menores para sites internacionais com foco em pedofilia.

Investigações mostraram que, desde 2001, Moura persuadia jovens a serem fotografadas em trajes íntimos ou sem eles, sob a promessa de oportunidades na indústria da moda. Contudo, essas imagens eram comercializadas na deepweb, alcançando países como República Tcheca, EUA e Rússia. Estas fotos eram frequentemente associadas a comentários de indivíduos com inclinações pedófilas.

Além disso, Moura é acusado de manipular as modelos para que trocassem de roupa em locais onde câmeras estavam ocultas, capturando-as sem roupas. Até o momento, identificou-se mais de 120 vítimas, com idades entre 4 e 18 anos.

A Polícia Federal, com o auxílio da Interpol e da agência americana HSI, tinha à disposição cerca de 200 mil arquivos de imagens e vídeos relacionados ao caso. A venda das imagens ocorreu através de diversos métodos de pagamento, incluindo criptomoedas.

Ao todo, dez indivíduos foram indiciados por uma série de crimes, incluindo organização criminosa, estupro de vulnerável, entre outros.

34 dias após ser preso preventivamente, o fotógrafo Jorge Moura foi solto no dia 01 de junho de 2022.

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